https://www.instagram.com/p/DQMolLQke6n/, consultado em 24 outubro, 2025
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imagem: https://web.facebook.com/photo/?fbid=32320338947564963&set=gm.2801223356750085&idorvanity=157947604411020, consultado 19 Setembro, 2025
https://web.facebook.com/photo/?fbid=1375683677893066&set=a.382580190536758, consultado em 5 Outubro, 2025
PS: há sempre uma imagem e um texto que se completam...
Eu tinha partido
em busca de uma casa invulgarmente bela que vi uma vez, de forma fugaz,
enquanto dormia. Eu lembrava-me que tinha andado durante muito tempo num
caminho muito acidentado, hostil e cheio de poeira. Era um lugar de tal forma
deprimente que decidi esquecer-me dele, e foi nessa altura, na ânsia de ver
algo bom e belo que avistei, ao longe, uma casa. Fiquei por isso, durante muito
tempo, quieta e silenciosa olhando a casa. Ela ficou quieta e silenciosa também
e deixou amavelmente que eu a observasse. Dela, porém, não retive um só
detalhe. Não sei sequer se era grande ou não. Era apenas bela e eu procuro-a
desde então, todas as noites, nos meus sonhos, porque sinto saudade.
Pensei que devia
começar por encontrar o caminho deprimente, mas foi impossível encontrá-lo.
Tive então consciência de que estava num pinhal muito denso. Todos os pinheiros
eram da minha altura, alguns mais baixos, e todos eles, sem excepção, estavam
carregados de cerejas amarelas. Parei. Por momentos, desejei permanecer ali
para sempre, encantada com a beleza do local. Fechei os olhos. Quando os abri,
a paisagem tinha mudado. À minha frente, estendia-se uma planície imensa. Tudo
era terra escura e desolação. Depois, fui descobrindo rectângulos de pedra
branca, como túmulos. Eram túmulos. Depois começaram a erguer-se do chão
estátuas e cruzes brancas, umas de pedra outras de ferro. Havia também flores
artificiais sem cor. Toda a planície, a perder de vista, era um cemitério
desolado e belo. De repente, senti um aroma quente de café. Virei-me. Atrás de
mim, tinha-se formado uma enorme esplanada cheia de um movimento lento mas
intenso. Os clientes, todos homens muito velhos, estavam sentados, cada um à
sua mesa, bebendo café. Havia também uma mulher, mas essa parecia adormecida.
No seu colo, dormia também um gato e sobre a sua mesa, como um prodígio,
crescia uma flor branca e frágil com as pétalas, puras como seda,
permanentemente agitadas por um vento impiedoso e invisível. O empregado de
mesa aproximou-se de mim, apontou-me uma mesa junto a um túmulo discreto e, com
um sorriso, disse:
- "Vai
querer café, certamente."
Eu respondi:
- "Não.
Procuro uma casa."
Ele ficou
desiludido e mudo e eu disse:
- "Existe
por aqui uma casa?"
E ele disse
novamente com um sorriso:
"Vai querer
café, certamente."
Eu sorri para
ele e não disse mais nada. Virei-me e continuei o meu caminho. Estava novamente
num sítio com árvores muito baixas e muito densas, mas agora sentia-me
impaciente. Protegi os olhos e fui abrindo caminho, com violência, incomodada
com o choque da vegetação por todo o meu corpo. De repente, ficou tudo vazio e
amplo outra vez. Eu estava junto a um lago de um verde leitoso. No meio dele,
estava uma casa vermelha com grandes janelas, através das quais a noite entrava
e permanecia. Sentei-me no chão. Queria terminar ali a minha viagem, contemplar
a casa durante muito tempo e descobrir se era ela a casa extremamente bela de
um sonho passado. Ouvi, então, um barulho leve e tímido. Virei-me. Atrás de
mim, como uma orquestra, estavam os clientes velhos e solitários, as
sepulturas, a senhora adormecida, o gato também adormecido, a flor branca e
frágil e o vento impiedoso e invisível. Ao meu lado, alguém disse:
- "Vai
querer café, certamente".
Fiquei feliz,
tomei o meu lugar na mesa junto ao túmulo discreto e disse:
- "Certamente".
Sábado. Começa a cair a noite. É
hora de eu começar a viver.
Ontem tive um pesadelo. Estava
num sítio terrível: uma sala com janelas grandes, vidros sujos, estores
assimétricos, muitas cadeiras e mesas com coisas escritas. Havia também papéis
escritos nas paredes. Muitos papéis. E computadores: velhos! Cheirava a poeira
antiga e cheirava também a sujidade acre. Eu entrei na sala e já lá estava
gente. Uma gente grotesca e sem dentes. Uma tinha uns grandes cornos e uns
óculos cor-de-laranja. Outra tinha uma cara muito comprida, cerca de um metro e
meio. Ou até mais. Mas o nariz era pequeno, pelo menos naquela cara grande de
queixo imenso. Havia também uma com três olhos. Não! Quatro. E tinha uns óculos
para os quatro olhos. Mas não tinha boca. Tinha um rosto que era um excesso de
olhos: mudo. Uma era apenas uma poça de gordura com um olho perdido na
imensidão mole e oscilante. Uma ria muito, muito, muito, e abanava os braços. A
outra estava tão quieta, que parecia morta. Havia também um homem: sentado e
absorto dedilhando os testículos. A que estava sentada ao meu lado tinha um
rosto hediondo e indecifrável e um hálito apodrecido: como se tivesse um
cadáver debaixo da língua. Eu tentava sair daquela sala, tentava falar,
gesticular, pedir socorro. Cheguei a dizer, com esperança que me expulsassem:
“odeio-vos”, “detesto-vos”. Espetei uma unha na testa da da cara a perder de
vista. Nada. Disse à do hálito fétido: “metes-me nojo!” Nada. A dos quatro
olhos, tinha dois cravados nos testículos do homem. Os outros dois dormiam. A
que estava quieta caiu no chão. Estava morta. Mesmo. A dos cornos levantou-se e
pisou-me de forma horrenda: fazendo saltar os seus dois pés sobre os meus. Abri
a boca, mas não gritei. O tempo tinha acabado, deixando o som do meu grito fora
do meu pesadelo.
Era aqui que eu devia ter
acordado. Era aqui que eu devia ter aberto os olhos e visto a normalidade
habitual: expectável. Era aqui que eu devia ter saído definitivamente daquele
sítio mal frequentado. Mas não. Era dia. Era verdade. Aquela gente é a gente
que eu conheço. Tal e qual. O habitual. O como sempre. Eu estava /estou aqui
mesmo. É este o cheiro quotidiano de todos os dias. A gente grotesca = normal.
Tudo. Desde o excesso de olhos ao excesso de cara. Desde o excesso de fealdade
ao excesso de muita fealdade. E a burrice? A burrice está mesmo aqui ao lado.
Lambendo os beiços. Bebendo café.
Ninguém vai sair desta sala
horrenda. Estamos habituados uns aos outros. Somos espectadores uns dos outros.
Ninguém prescinde de ninguém. Daqui a nada, uma jumenta, quadrúpede mesmo, vai
dizer: “Podemos começar?” E começamos a falar. A empestar o espaço com
palavras. Quando o expediente terminar, vamos sair do sítio medonho, com a
certeza que no mundo há alguém que não nos suporta. Não nos respeita. Que nos
humilha. Que nos ouve, só para mostrar que não nos ouve. Que nos arrancará os
olhos as vezes que forem necessárias. E nos arrancará cabelos e, pior, nos
encherá de perdigotos. Alguém que não hesitará em atacar-nos as canelas ou até
a barriga das pernas. Alguém que terá prazer em morder-nos a ponta do nariz e
em espetar-nos uma faca metafórica (e não só) nas costas (ou noutro sítio
qualquer). Alguém que, quando ri, é para rir de nós. Alguém que nos quer encher
a barriga de nomes. Podemos contar sempre com esse alguém. Esse alguém e outros
alguéns, companheiros dedicados de gigantescas orgias de ódio. As personagens
fixas dos meus pesadelos quotidianos: dia após dia lá estão, sempre,
infatigáveis e um nadinha mais velhos e mais flácidos e mais repulsivos: medonhos!
PS: Este ano juntou-se à
comunidade um jumento obeso, muito dado à electricidade estática no traseiro,
quando em contacto com cadeiras de plástico. É um pirilampo gigante, embora
seja minúsculo, especialmente na área da cabeça. Pior: é viciado em
confidencialidade. Olha quem! Mais viciado que ele só o Correio da Manhã. Pobre
jerico!
«Ande junte-se aqui, puxe da
cadeira, sente-se, para ver como lhe tratamos da confidencialidade e do resto…».
Veja-se, no YouTube, um programa do Batáguas, https://www.youtube.com/watch?v=QBVkXuo-OJ4, o que é dito sobre esta fulana, usando palavras da própria. Para mim, a boca dela é um verdadeiro cano de esgoto a céu aberto.
PS: Na Covilhã já escureceu há muito, pois o sol não consegue penetrar a nuvem de fumo. Apesar de ter as janelas todas fechadas, ardem-me os olhos devido ao fumo... Não me lembro deste panorama, nem quando as chamas eram visíveis das janelas da minha casa. É só fumo. Só fumo...
«Entre os antigos, qual era considerada a morte mais digna e exemplar? No campo de batalha ou… ?
A morte mais digna era sem dúvida o suicídio. Por exemplo, o imperador era considerado muito humano se permitisse a um condenado à morte que se suicidasse. Essa era a morte perfeita. A morte em combate vinha a seguir. E, por alguma razão, a forca não era uma boa morte. Era considerada uma morte para ‘meninas’. A crucifixão, naturalmente, também não era considerada uma boa morte. Mas morrer a combater pela sua cidade, pelo seu estado, era a maior honra que se podia ter.»
https://sol.sapo.pt/2025/05/22/dino-baldi-para-os-antigos-a-morte-tinha-de-ensinar-alguma-coisa-sobre-como-viver/, consultado em 31 de Julho, 2025
Leitura de férias!!
A realidade - líquida -, a partir do momento em que a deixei entrar na minha vida, entrepôs-se no meu gosto pela leitura, isto é, pela ficção, que foi esfriando. Abro um romance e não consigo deixar-me envolver pela história. Aquela história não me diz nada. Gissing também contribuiu para isto. Mas já li tudo de Gissing...
O último romance que li foi da autoria de Gabriel García Marquez. Romance póstumo. É um GGM cansado, mas continua a ser ele. Espero que tenha deixado mais um manuscrito, para se tornar num novo livro.
Tenho-me dedicado essencialmente à leitura de ensaios. De momento, estou a ler uma História do riso. Porém, sinto necessidade de histórias. Quero que me contem histórias.
Recentemente, apareceram no YouTube uns canais de "histórias perturbadoras" e "histórias de terror", por categorias: noites chuvosas, camionistas, taxistas, seguranças, vizinhos, férias, Tinder, casais, etc. Ora, uma vez que já esgotei outro tipo de histórias, comecei a ouvir estas à hora de dormir. São relatos curtos, alguns dos quais muito sem graça e nada perturbadores. Eu já não me deixo perturbar com relatos de bruxas e de aparições fantasmagóricas em noites escuras. Porém, há também relatos que mostram como a vida é sem lógica. Como, de repente, algo de muito mau pode acontecer. Um senhor, um belo dia, decidiu encontrar uma mulher no Tinder e conseguiu. Gostou do perfil e, passado algum tempo, combinaram um encontro num café. Chegada a hora do encontro, ele pôde observar que ela não tinha mentido sobre quem era. No entanto, achou-a pouco à vontade e até algo intimidada, posto que frequentemente olhava para trás como se temesse que alguém a tivesse seguido. Ela, então, explicou que se tinha divorciado há pouco tempo, que tinha sido uma experiência muito má e que ainda não se tinha refeito completamente. E, nisto, entra um homem alto e vociferante, que se dirige à mulher com agressividade. Era o ex. Ele, para defender a mulher da besta do ex-marido, levantou-se, para a proteger. O marido, porém, muito forte, empurrou-o, ele bateu numa zona saliente da parede e acabou por ficar paraplégico. Uma história perturbadora, de facto, mas eu estava à espera de novidade. Acabei por tê-la. Felizmente.
O protagonista é também um homem que procura uma mulher no Tinder. Acabou por fazer match com uma rapariga que lhe pareceu ser diferente das outras. Muito terra a terra, sem futilidades e bonita. Como ela gostava muito de filmes de terror, combinaram encontrar-se no cinema, para verem um desses filmes. Ele chegou primeiro. Comprou os bilhetes e ficou expectante a ver se ela chegava. O tempo passava e nada acontecia. Porém, de repente, alguém o chama pelo nome. Mas não era ela. Era uma mulher enorme, com obesidade mórbida, vestida de forma descuidada, o cabelo em desalinho e um aspecto de quem não está numa relação séria com a água e o gel de banho. «Sou eu.» Diz ela. «A fulana». «Mas não parece... a pessoa ... das fotografias.» «Mas sou eu mesma, as fotografias é que são antigas. Qual é a diferença? Sou eu a pessoa de que tu gostas.» O pobre internauta do amor teve uma vontade imensa de virar as costas e desaparecer, mas a mulher à sua frente, muito pragmática, já o estava a arrastar por um bracinho em direcção à sala. Pois seja, pensou ele, mas mal o filme acabe despeço-me para nunca mais. Sentaram-se nos seus lugares, coisa que não foi fácil para ela, posto que encaixar o corpanzil na cadeira foi uma tarefa de dimensões bíblicas. Ele estava acabrunhado. Ela, no entanto, estava nas suas sete quintas, feliz e, mal as imagens do filme apareceram para dar vida à tela, começou a meter-lhe as mãos um pouco por toda a parte. Ou seja, o filme de terror desenrolava-se, sim, mas na plateia. Ele, de perninhas muito juntas, a proteger as joias da coroa, tentava livrar-se das mãos papudas e húmidas dela. Mas nada a detinha. Muito lampeira, ia descaindo para cima dele e roçando-se, com o perigo até de o entalar. O pior, contudo, estava ainda por vir.
Estavam eles nesta espécie de luta, ela a avançar em todas as frentes e ele a tentar detê-la, quando, de súbito, sente a boca dela, em modo ventosa, na boca dele. À beira do vómito, empurrou-a com alguma violência, mas em vão. Ela não arredava. O pobre homem começou então a sentir que ela o mordia, primeiro nos lábios e depois na língua. Mordidelas cada vez mais fortes e invasivas. Foi quando ele, com um esticão de puro desespero, se conseguiu desencaixar dela e fugir dali. Em fuga, sentia a boca dormente, estranha, dorida, pelo que se dirigiu à casa de banho. No espelho, viu primeiro o sangue que escorria. Depois, abriu abriu mais a boca e viu uma coisa que não conseguiu identificar, ou talvez sim: era a dentadura dela!
Era a placa!!
https://fineartamerica.com/featured/untitled-the-eagle-zdzislaw-beksinski.html, consultado em 22 de Julho, 2025
Nisto, recebo uma mensagem do meu noivo, a dizer-me que depositou na minha conta uma quantia avultada, para que todos os meus amigos tratassem dos dentes!? Olhei em volta e, realmente, os meus amigos - bastantes, diga-se - tinham todos uma dentição miserável: poucos dentes e os poucos que tinham eram pretos e esverdeados. Um pavor! Envergonhada, pensei que o meu amado estava a braços com o dilema de noivar uma pobrezinha. Passei então a língua pela minha própria dentadura e só encontrei dois dentes!! Um em cima e outro em baixo. Tive um ataque de pânico. Não podia acreditar. Entretanto, o meu Elon levou-me a jantar num hotel de sete estrela: um luxo. A julgar pela quantidade de leitão da bairrada, frango assado e sardinha na brasa esparramados numa enorme mesa, presumo que fosse um hotel de sete estrela em Lisboa. Talvez em Alfama. Comi apenas um rissol - que também os havia, claro, bem como croquetes - e pensei que ser rica é outra coisa...
Para que conste!
Imagem: https://www.facebook.com/photo/?fbid=1123263663177546&set=a.598147439022507, consultado em 5 de Junho, 2025
- destruir a economia mundial
- colocar no desemprego milhares de funcionários públicos
- negar a ciência
- impedir a investigação
- atacar as escolas e universidades
- desrespeitar a Constituição
- ameaçar firmas de advogados
- desobedecer ao poder judicial
- pôr na prisão pessoas que não foram julgadas
- hostilizar países outrora amigos e aliados
- humilhar líderes políticos
- mentir, mentir, mentir
- destruir a confiança
- instalar o medo...
Claro que este panorama é o normal em muitos países do mundo, daquele mundo "distante" de que só por vezes nos lembramos. Mas não era o normal no país "mais poderoso" do mundo. Um país que prometia concretizar sonhos, que era, por isso, procurado por muitos. Mas um ditador, um narcisista, cujo único valor é o monetário, reúne um grupo de bilionários, julga tudo poder dizer e fazer, e muda tudo. O sonho americano tornou-se num pesadelo para todos: os de fora e os de dentro. Sobram, claro, os amigos e privilegiados.
Não é em ditadura que quero viver. É em Democracia, aquela que, em Portugal, chegou através da Revolução de Abril.
Saí às 22:00 horas. Chovia imenso e o vento era forte. Fazia barulho. Por vezes, parece que se ouviam trovões. Mas não. Era apenas o vento descontrolado a sacudir tudo à sua passagem. Ainda pensei em chamar um táxi. Mas a noite, o vento e a chuva são as minhas coisas preferidas. Não ia perder a oportunidade de as ter juntas, de me juntar a elas. Não coloquei os óculos, com medo que me fugissem. O guarda-chuva, meu companheiro, apesar de ser sacudido com força, não se virou uma única vez. Não partiu, não dobrou. Molhei-me nos sítios em que o impermeável - mas pouco-, levantado pelo vento, deixou entrar a chuva. As minhas botas, no entanto, apesar das poças de água e dos rios de chuva estrada abaixo, não deixaram entrar a mais leve humidade. O meu braço esquerdo, que tive de usar para agarrar o guarda-chuva e o manter firme, para não molhar o cabelo, nem me entrar água pelo decote, também ficou encharcado até ao cotovelo. Isto, apesar de me apetecer andar à chuva sem qualquer proteção, a sentir a água e o vento na cara, no cabelo, no corpo todo. Mas já não posso. Era gripe na certa. Também não pude fotografar a noite... Que pena. Mas tirei fotografias logo que entrei no elevador, para ver os vestígios da noite. Não se vê nada, infelizmente, graças à excelência do meu guarda-chuva! Vestígios mesmo, só no impermeável, no cachecol, na camisola e nas calças: tudo molhado.
Noite gloriosa!!!
Se eu pudesse desamar
a quen me sempre desamou,
e pudesse algún mal buscar
a quen me sempre mal buscou!
Assí me vingaría eu,
se eu pudesse coita dar,
a quen me sempre coita deu.
Pero da Ponte
https://www.facebook.com/photo/?fbid=925236359408373&set=a.171144044817612, consultado em 24 junho, 2024
https://cercarte.blogspot.com/2009/10/se-eu-podesse-desamar-pero-da-ponte.html, consultado em 28 fevereiro, 2025
O meu dia memorável. O único digno de comemoração. O meu doutoramento tem actuado como um repelente em relação às pessoas. Óptimo! É mais uma razão a juntar a todas as outras que justifica a sua celebração. Pena não poder tomar hoje um vinho do Porto: estou com dor de cabeça. Oportunamente, tomarei a dobrar. Quem sabe, até, se não será a triplicar...
Professora Doutora Adélia Rocha. Não é lindo!?