Saturday, February 28, 2009

Pictures of Mickey Rourke

I came for you...lá..lá...lá...lá..lá..lá...lá...lá... I came for you...

Mickey Rourke

Mickey Rourke! Afinal não morreu como actor, nem como homem. Está vivo e LINDO! Tem um rosto que mudou, que registou mudanças, que contou histórias vividas. Mas continua lindo! Sexy! Atraente! Para mim, ele é verdadeiramente o vencedor do òscar de Melhor Actor.
« I LOVE YOU!!»

Tuesday, February 10, 2009

A morte segundo Alberto Pimenta: POEMA

artur hipólito morreu com 62 an
os, 20 anos após ter feito 42, mas
na altura quem diria?

heitor fragoso morreu atropelado.
foi levado para o hospital, mas es
queceram-se duma parte do corpo
no local do acidente.

manuel testa morreu sem se ter c
onseguido habituar a este modo
de mal-estar no mundo.

arnaldo rodrigues caiu a um bur
aco da canalização e nunca mais
foi visto.

jeremias cabral pôs termo à exist
ência por motivos desconhecidos.
zeca gomes morreu em defesa da
pátria mas a pensar noutra coisa.

antónio de oliveira morreu igual
a si mesmo: triste sinal dos te
mpos!

bernardo leite pôs-se a pensar na
morte e não conseguiu voltar a
trás.

ivo gouveia tinha uma agência f
unerária e escolheu para si um
caixão representativo.

guilherme silva fechou-se no sót
ão, para morrer num lugar eleva
do.

luís dimas respirava saúde, agora
respira um hálito de eternidade.

antónio garcia, o coveiro, teve u
ma síncope e caiu dentro da cov
a que estava a abrir.

bento nogueira engasgou-se com
um pedaço de carne e desapare
ceu do nosso convívio.

paiva de jesus enforcou-se.
joão baptista viu o cunhado lev
antar-se do caixão e teve uma sí
ncope.

lourenço pinheiro estava a ver a
trovoada e um relâmpago entrou
lhe por um olho e saiu-lhe pelo
outro.

jorge velez de castro finou-se
após uma longa vida de sacrifí
cios, toda dedicada ao bem-comu
m. e foi assim: depois de ter inge
rido o seu sumo de laranja, foi c
onduzido para a cadeira de rep
ouso pelo enfermeiro de confian
ça. nela se conservou, de boca en
treaberta e olhos fechados, até
às onze horas. às onze horas, o e
nfermeiro de confiança aproxim
ou-se com a intenção de o condu
zir ao banho. pondo delicadamen
te a mão nas costas da cadeira,
disse: são horas do banho, senhor
director. como este não desse si
nal de ter ouvido, o enfermeiro
de confiança, com a costumada jo
vialidade, debruçou-se e repetiu:
são horas do banho, senhor direc
tor. posto isto, empurrou a cadei
ra até ao balneário, passou um br
aço pelos rins outro por baixo d
os joelhos do director, e assim o
levou para a água, só então se da
ndo conta de que ele já não vivia.

zé maria, o peidolas, foi expulso
da vida pela autoridade compet
ente.

joão gaspar foi um nobre e val
oroso homem que morreu heroi
camente no campo da honra. p
az à sua alma.

raul santos deitou-se um dia e p
or mais que o sacudissem nunca
mais se levantou.

alfredo penha caiu tão desastrada
mente da cama que nem é possív
el dar pormenores da sua morte.

joaquim perestrelo morreu no me
io da missa, qual quê! ainda a m
issa não ia a metade!

sousa dias morreu de pé, mas en
terraram-no deitado, como toda a
gente.

Wednesday, February 04, 2009

Eu


Esta sou eu, no dia em que decidi não procurar mais novas "amizades"! É um facto, as pessoas não me fazem "companhia", falam em abstracto...aborrecem-me. Acabou! Fico com as minhas histórias e as minhas memórias!
Vasco Pulido Valente disse recentemente que preferia estar morto a continuar a aturar o país e as suas gentes.No século passado, Evelyn Waugh, por sua vez, ficou impávido e sereno perante a possibilidade de coisas como a bomba atómica porem em risco a sobrevivência da própria humanidade. Muito falavam os intelectuais na passagem do sec. 19 para o sec. 20 sobre a desumanização do mundo massificado. Curiosamente, falavam caro, para o indivíduo comum, ignaro, preocupado com a vidinha, não os compreender. Hoje, os tiques intelectualóides de carácter abstracto enjoam. Há os "cultos" (!) de telejornal e os "cultos" dos debates - excelentíssimos (sic., ou sick! arghh!)da TVE. Ninguém quer falar de si. É banal! Na viragem do sec. 20 para o sec. 21 começa a falar-se na inteligência emocional, na base biológica das emoções, na importância, portanto, das emoções. Pois bem, o Homem Comum, retrógado e intupido de uma espécie de horror àquilo que não é ideia, intelecto, continua avesso ao progresso, ao verdadeiro progresso do seu tempo, que vai no sentido não da "inteligência" toda poderosa, mas da inteligência emocional. São pessoas paradas na chamada Modernidade cultural, pomposa e avessa ao comum, pessoas que não se aperceberam que o paradigma racional entrou em falência e que vivemos não a Modernidade, mas a Pós-Modernidade. Este horror à vidinha, que O'Neill tanto desprezava, está fora de moda! Não é à toa que os portugueses não cultivam a biografia e menos ainda a autobiografia. Têm horror a si próprios! Aqui, há que fazer justiça a Maria Filomena Mónica, prestigiada investigadora (elitista) portuguesa, que não teve problema em escrever a sua biografia. Curiosamente, ou talvez não, houve quem tivesse ficado desgostoso com o facto dela não ter procedido a um enquadramento histórico mais rigoroso. Lá está! A Professora a escrever sobre ELA e a cáfila intelectualóide preocupada com os enquadramentos!! Prefiro, mil vezes, as mensagens tontas escritas em "linguagem sms" dos jovens, naquela altura em que ainda têm algo de humano para contar, do que as da maioria das pessoas da minha idade, no que têm de "pensamento" pretensamente profundo! Elas, aliás, também se horrorizam com a minha toleima quotidiana e prosa crua e sem enfeites. OK! So what?
Deixei este texto por publicar, devido a uma espécie de pudor, de medo de que fosse lido e pudesse ofender! Como se alguém viesse ler e como se eu não tivesse direito a dizer o que sinto, aqui no meu blogue, no meu diário virtual! Acaso as minhas palavas não são contestadas, cara a cara, com violência? Acaso alguém se importa comigo, e com as prováveis ofensas que me possa dirigir? Quem aqui lê o que escrevo é porque, de algum modo, tem curiosidade acerca de mim. Nem que seja para irritar, faço falta a quem vem ler o que aqui escrevo. Pois bem, lerá a realidade sem politicamente correcto! Por falar, detesto o politicamente correcto, o faz de conta, as palavrinhas mansas. Não sou pela deselegância ou falta de respeito, de todo! Sou pela verdade, pelo menos, o mais possível! Quando o X me disse: «Estou a falar-te do essencial, e tu perguntas-me como estou?» Do essencial? O que é o essencial, segundo este visionário? A importância das relações sexuais na saúde física e mental do ser humano!!! Ah, e quantas vezes já me falou destas essencialidades?? Desde que nos conhecemos e já lá vão muitos anos. O problema é que as outras pessoas que tenho conhecido também só querem falar "do essencial"! IRRA! QUE TÉDIO!

Monday, February 02, 2009

The Who, Roger Daltrey - I am free.

So I am... Forever and ever...! And...that? NO MORE...!

Sunday, February 01, 2009

Problema de Expressão (Clã)

Desistimos das palavras. Somos tão expressivos como defuntos. Cada um na sua sepultura cuida apenas de manter as flores arranjadas. Já nem gestos fazemos. Assim somos....