Saturday, August 31, 2019

Friday, August 30, 2019

Gabardina cor-de-rosa


Choveu tanto há duas ou três noites. Torrencialmente. Mas estava calor. Não pude estrear a minha gabardina. Talvez torne a chover em Setembro… Mal posso esperar.

Já é Sábado...


Fui fazer compras, quando anoiteceu. Mal cheguei, todas aquelas luzes e pessoas me fizeram sentir mal, inadequada. Ainda pensei voltar pra trás. Mas não podia ser. Fiz o que tinha a fazer, de cabeça baixa, tentando evitar encontrar alguém conhecido. Senti-me triste, desamparada. Acabei por comprar o mínimo possível e dois chocolates. De tão nervosa, na hora de pagar, esqueci-me do código do cartão de débito. Felizmente tinha apenas comprado o mínimo, e mais dois chocolates, e tinha, por isso, dinheiro para pagar. Era o dinheiro para o táxi, caso a vontade de sair da rua me levasse a procurar refúgio. Mas já não tinha dinheiro para o táxi. Rumei a pé, pela noite, em direcção a casa. Não foi mau de todo. E tenho dois chocolates.

Thursday, August 29, 2019

30 de Agosto, 2019


Contagem decrescente...

Sunday, August 25, 2019

A Importância de Ser Amável


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https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10220339888748732&set=a.10220339886628679&type=3&theater,  consultado em 25 de Agosto, 2019

Wednesday, August 21, 2019

"A última Porta Antes da Noite"



Tenho dificuldade em ler um romance do princípio ao fim da autoria de António Lobo Antunes. Mas há excertos que consigo ler incessantemente. Os títulos dos seus romances, porém, como aquele de que me apropriei como título, são dos melhores da Literatura portuguesa. Lê-los uma e outra vez transporta-nos para universos utópicos, distópicos. Enfim, a partir deles, podemos fechar os olhos e fazer uma história só nossa. Mas não é da história que ainda tenho que inventar que vou falar a partir deste belo título. 
Como muitas vezes me acontece, ligo o computador, vejo algumas notícias do dia, no feed da Microsoft, depois vou ao Público e ao Observador, dos quais sou assinante, e finalmente faço associações. A Microsoft diz-me qua a Amazónia está a arder. Penso de imediato em alguém que me repugna e este incêndio choca-me ainda mais. Fico com pena daquelas árvores, animais, pedras, terra, tudo. O repugnante, com o sorriso que lhe é característico, terá dito que "agora o culpam pelo incêndio". Eu não culpo ninguém! Eu apenas sinto que a Amazónia, aquela floresta grandiosa e bela, está a arder sem que quem pode fazer algo se importe com o seu drama. É como alguém que agora mesmo, neste instante, acabou de ser deixado num sítio qualquer, ao abandono, porque ninguém se importa. Não faz falta a ninguém. É como a velha senhora, de roupa elegante e cabelo branco, comprido, a deambular numa ruína, que vi um dia num documentário do Odisseia. A cara devastada, mas o olhar altivo. Uma senhora que tinha sido importante e amada, e agora estava tão em ruínas como a casa em que se acolhia e aqueles que a tinham esquecido. 
Depois vi que ALA tinha um novo livro para publicação e vi o nome do seu último romance: a última porta antes da noite. E associei tudo. Eu própria senti que estava no limiar de uma porta antes da noite. E a Amazónia, mal amada pelos repugnantes e torpes "senhores do mundo", também estava a um passo da noite. Todos aqueles que não têm ninguém a quem verdadeiramente se agarrar - plantas, árvores, animais, pedras da calçada, humanos -, uma âncora, estão sozinhos a um passo da noite… do nada.
Estamos todos sozinhos perante as catástrofes do mundo: os incêndios, o desamor, as doenças, a desamizade, o desrespeito, a ingratidão, o desprezo. E fiquei com pena da maior floresta do mundo, a mais bonita, a mais generosa, a vítima da maior ingratidão possível.  Senti que eu própria estava em cinzas. Mas cinzas das quais não se renasce.   


Imagem: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10102647705404093&set=p.10102647705404093&type=3&theater, consultado em 17 de Agosto, 2019

Tuesday, August 20, 2019

Dia 21 de Agosto


Começou a contagem decrescente. Tenho passado os dias na praia, deitada ao sol. Coloquei lençóis amarelos  - clarinho. Agora, vou ter de pensar aonde vou, para escolher a nova cor com que vestirei a minha cama, as minhas almofadas...
Dia 21 começa com uma visita ao dentista. Será a melhor parte desta fase descendente em direcção ao abismo. Depois, terei de terminar de deitar fora a papelada do costume. Terei de fazer a limpezinha, acabar de mudar umas estantes - estou farta de prateleiras de metal: como é que eu cheguei a achar que era boa ideia? Terei de dar uma demão na parede do meu quarto - HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH. Que rir. Espero de ter a casa pintada antes de fazer setenta anos. Mas espero não chegar aos setenta anos.  Por falar, parece que ainda não é durante estas férias que vou tratar das praticalidades do meu funeral. Talvez não. Posso tratar do assunto pelo telefone. Digo eu. Sou uma procrastinadora!
Continuando. Depois tenho que retomar os assuntos gerontológicos. Não me faltava mais nada. O pior é que isto me traz à mente aquele(s) germe(s) com pernas. Tenho de me proteger contra os níveis de toxicidade, grosseria, má educação, dissimulação e maldade pura. As gémeas siamesas. Tal e qual o Arnold Schwarzenegger e o Danny de Vito. Nem a mãe os distinguia. 
Vou tentar escrever alguma coisa todos os dias. 
E pronto. Dormir.

Monday, August 19, 2019

Sorry!



O Público traz, hoje, um artigo sobre como é difícil pedir desculpa.
 Ofender os outros é fácil. É um exercício de poder. Pedir desculpa, pelo contrário, é demonstrar fraqueza…
As minhas férias são frequentemente ensombradas por uma palavra, ou duas, de escárnio e maldizer. Este ano não foi diferente. Estou lentamente a recuperar das palavras de humilhação e insulto deste ano. Graças ao meu querido Nuno Markl, ao Lord, Rui Unas, e a outros queridos do YouTube. Ontem e hoje já consegui, até, não ficar o dia todo na cama…
Pessoalmente, não tenho muita dificuldade em desculpar-me. Também, verdade seja dita, não me exponho muito, não tenho amigos - vou-os espantando, espantalho que sou - e, na minha profissão, tento não ser injusta. Este ano, contudo, em que me aconteceu um pouco de tudo, até uma espécie de assédio - os outros alunos, todos adultos, é que me avisaram que a criatura vinha por trás de mim cheirar-me os cabelos… -, dado que tinha os nervos em franja, excedi-me na violência e tom de voz que usei para pôr na ordem um certo aluno. Nada que ele não merecesse! Mas tanto lhe estava a berrar até que ele se calasse - e calava-se! - como no final da aula lhe dava uma palmadinha nas costas e nos despedíamos a rir. E, no final do ano - fui a última a acabar as aulas, dia 30 de julho, das 14:00 às 17:00 -, tive a alegria de ter presentes nas aulas todos os alunos e de virem todos cumprimentar-me no momento da despedida. Quando o aluno irritante veio com cara sorridente e olhinhos de cão meigo em direcção a mim, disse-lhe: desculpe alguma coisinha, meu querido. E ficou tudo bem. Ele porque não tem muito mais gente que lhe dirija palavras de conforto - se é que tem alguma - e eu porque, como estava feliz por ver o reconhecimento dos meus alunos, foi com prazer que dei afecto. Retribuí.
 

Saturday, August 17, 2019

Wednesday, August 14, 2019

A casa interminável



Depois de longas noites de insónia e falta de sonhos, seguiram-se ontem e hoje momentos de sono e de sonhos maravilhosos. Magníficos. Grandes. Grandiosos. Indizíveis. Lindos. O de hoje já não me ocorre bem o que foi. Mas o de ontem tem andado às voltas na minha cabeça, a encher-me de prazer e de sublime.
Eu gosto de sonhar com casas e comboios. E ontem estive numa das muitas casas em que passo noites de alegria. De riso e de esquecimento. Por lá ando, de facto, esquecida, tentando não acordar. Nunca! Mas ontem aquela casa foi-se metamorfoseando. Ela, que é uma casa que eu conheço, mas da qual não sei muito, porque acabo por não entrar nela quase nunca, porque aquela terra aonde vou fazer compras, uma terra linda, de grandes prédios, tem as lojas quase sempre fechadas, pelo menos quando eu me aproximo delas e, por isso, acabo por ir para outra terra fazer compras e só vejo a casa de longe. Mas sei que tem um quarto de banho com toalhas vermelhas. Até já lá tomei banho e depois fiquei sem saber onde dormir. Mas como tenho uma outra casa onde tenho uma sala com uma cama, acabo por dormir na cama da sala dessa casa. Às vezes, a sala dessa casa tem muito bolor junto ao chão. Desagradável!
Ontem, como disse, fui a essa terra com uma amiga. Não uma amiga minha, mas amiga de uma amiga, que também não é minha amiga. Ainda assim, como os amigos são para as ocasiões, resolvi convidá-la para dormir na minha casa, porque ela não tinha transporte para casa dela e estava a chover. Dirigi-me então para a casa das toalhas vermelhas, sem saber bem onde deitaria a minha amiga. Mas, quando cheguei àquela casa, vi que ela se tinha juntado a uma outra e também à da sala com a cama onde costumo ficar. Acontece que a casa do meio ainda anda em obras. Ainda está em tosco, como se costuma dizer, embora tenha um ou outro quarto já acabado. A decoração, no entanto, é que me agonia naquela casa. É tudo muito mal combinado, muito sem gosto. Passo bastante tempo, às vezes, a distribuir almofadas por aqui e por ali, mas fica tudo forçado. É esgotante.
Bem, chegada à casa ainda em melhoramentos, deparo-me com o construtor civil e uma série de pedreiros, muito atarefados, que me dizem para ir ver a obra. E que vejo? Que já construíram um enorme quarto com uma parede envidraçada e que tem no chão, a espaços, colchões cobertos de lençóis brancos. Atiro-me logo para cima de um deles e digo à minha amiga: escolhe um para ti! Rebolo-me. Contente. Só depois vejo que a parede não tem reboco. E que para além do enorme quarto, há uma série de outras salas, pegadas umas às outras, quase prontas. Só falta pintar. "Venha ver o resto da obra!". O resto? E a casa não pára de aumentar. São quartos e quartos, terraços. Há até uma pocilga e uma mulher a guardar os porcos. "A pocilga, não", digo eu. E eles dizem que não, que a pocilga pertence à casa do lado, mas falta fazer a parede. Ah! E fico mais descansada. Entretanto, vem um outro pedreiro que, aliás, é o engenheiro e me chama para vermos o jardim. Eu fico muito apreensiva, porque o jardim está cheio de ervas daninhas e me lembro que já não tenho idade para cavar. Mas ele diz-me que há uma surpresa no final do jardim e eu penso que as ervas também são criaturas de Deus.
De facto, pela vereda estreita, começa a aparecer um fiozinho de água e depois um rio: "é seu. Faz parte da propriedade". Mas isto é um palácio! Penso. E de facto é, só falta rebocar, pintar, correr com os porcos para a casa deles e começar a apreciar ervas, estevas, giestas, espinheiros e, até, amoreiras bravas. E nisto vem um outro sujeito, com um ar muito profissional, com um berbequim na mão, que me diz: "venha ver a varanda." Varanda? mas é um rés-do-chão...
E que varanda. Está toda apainelada. Madeira dourada, com um brilho discreto e elegante. Só faltava o gradeamento à frente. Mas estava já encomendado. Quando entrei nela, para ver bem a madeira, senti-me impulsionada para a frente, a rodopiar, numa viagem a alta velocidade. Era uma varanda rolante. E grande, a perder de vista. A paisagem que a rodeava era de asfixiar (para não dizer que era de tirar o fôlego): roseirais, campos de tulipas, lagos, árvores frondosas carregadas de madressilvas. E havia também grandes clareiras com sacos de um quilo de sal e de um quilo de açúcar. E porcos. Tantos leitõezinhos cor-de-rosa e malmequeres.
Asfixiada, resfolegante, exaurida, maravilhada, com tudo, tudo, alma e corpo, subido mesmo ao pé da garganta. Feliz. É neste estado que recolho ao quarto por rebocar e me deito no colchão, coberto de branco, junto ao vulto da minha amiga - que não o é - que dorme, calma, e ressona, movimentando um fiozinho de algodão junto à boca entreaberta.

Thursday, August 08, 2019

A Experiência



É com algum incómodo que confirmo que não consigo ler ficção. Aquilo que me manteve à tona durante toda a minha vida, deixou  - espero que temporariamente :( - de me interessar. Penso que, depois de Gissing, deixei de ter romances que me interessem. Os policiais perderam o mistério. Já li tudo de Ruth Rendell e de Patricia Highsmith. Ninguém mais se lhes compara. Os outros policiais parecem-me forçados, ridículos ou previsíveis. Romances de amor, nunca apreciei o género. Aliás, a literatura light/chick lit é a única paraliteratura de amor - amor confluente - que consigo - ou conseguia - ler. Quanto à minhas escritora de culto, Charlotte Brontë, o que ela escrevia não é romance de amor, não é literatura sentimental, não é cor-de-rosa, não é literatura de género. A ficção de CB é uma coisa à parte. Já a querida Jane Austen, teve o mérito de ter criado o homem mais adorável de toda a literatura: Mr Darcy. Quanto à Literatura, parece-me forçada. Parece-me que os últimos romances que li - um de João Tordo - são feitos para serem literários, isto é, soam a história forçada, para parecer arte.
Mas não deixei de ler. Como adoptei as ciências forenses como passatempo, tenho lido biografias de assassinos que ficaram na história do crime, bem como ensaios sobre psicopatia - Michael Stone, Robert Hare, etc. e, até, Hernani Carvalho (!). De momento, tenho o Índice da Maldade para acabar, tenho o livro de RH para acabar, tenho o livro sobre Ed Gein para acabar e um outro, de uma mulher que matou, mas que é tão humana, tão fascinante, tão sofrida… que dá vontade de ler muito devagar, para ter um exemplo - um mau exemplo - do que é viver à beira do abismo. Podia ser uma personagem de Ruth Rendell. Mas não é. Está presa. Perpetuamente.
Como contraponto à literatura de crime, estou a ler O Demónio da Depressão - excelente - e
Sapiens: A Brief History of Humankind - Excelente ao quadrado.
Mas é o crime que me ocupa a mente. Ontem vi uma história verídica acerca de um tipo de crime que se está a banalizar, mas que teve algo de fascinante. Há muito não me surpreendia com uma história destas e Deus sabe que tenho lido e visto histórias surpreendentes.
Uma mulher bipolar casa com o homem por quem se apaixonou no liceu. As crises pareciam ter amenizado. E ela tem medicação, mas não a toma. O casamento segue o seu curso de filhos e empregos e fraldas e casas e vida a dois. Por vezes ela tem as suas crises de mudanças bruscas de humor, que acabam, as mais graves, com ela a meter-se no carro e a andar sem destino. Passada a crise, volta para casa. O marido é compreensivo. Tenta levá-la a tomar a medicação, mas ela resiste: não precisa, não é louca, está bem. Decidem, entretanto, mudar de cidade, para ela poder retomar o estudo e ele poder arranjar um emprego melhor. Numa primeira etapa, tudo corre bem. Estudo. Emprego. Casa. Ela tem mais um filho. O terceiro. Mas, subitamente, ele perde o emprego bem pago e arranja outro que apenas permite pagar as contas. Ela ressente-se. Acusa-o de ser um perdedor, a loser. E começa a refugiar-se no computador. Dia e noite. A casa está num caos: lixo e coisas sujas por todo o lado. Os filhos ao deus-dará. O marido começa a ficar farto. Com um emprego precário, uma família para alimentar, três filhos para cuidar e uma casa desorganizada, não consegue deixar de se exaltar. O ambiente familiar é opressivo. Ela, entretanto, entra em depressão profunda. Quando não está no computador, no grupo Experience, a desabafar com um outro internauta, está deitada no chão, com as mãos na cabeça. Os filhos mais velhos vão-se valendo a si próprios. O bebezinho vegeta. Gatinha sem rumo pela casa. E, um belo dia, ela mete-se no carro e desaparece. De vez. Para não mais voltar. O marido tem esperança de que seja apenas uma viagem mais longa. Mas não. É uma despedida. Perante a ausência de notícias, informa a polícia, que começa a procurá-la. A investigação é curta. Verificado o computador, localiza-se a morada do interlocutor, o confidente. Na casa deste, a polícia fala com a mulher, que não faz segredo da estranha obsessão do marido com o computador, farta que está dos temas que o fascinam. A polícia pergunta: "e que temas são esse?", " Canibalismo", diz a mulher. "Canibalismo?", "É, ele parece ter curiosidade em provar carne humana". De imediato, a polícia liga para a "esquadra", para apanhar o canibalista. E da esquadra dizem: "ele está aqui. Diz que nos vai levar ao corpo", "corpo?". Corpo.
No Experience, encontram-se pessoas com coisas para contar: a vida, as humilhações, os desesperos, os desejos obscuros, as fantasias, enfim, a realidade paralela. É neste site que a mulher bipolar diz que não gosta de viver, que a vida dela não tem sentido, que é um pesadelo, e que deseja morrer. Ser morta por asfixia e, depois, cortarem-lhe a garganta, como garantia inequívoca de morte. Já o canibal, em potência, quer apenas provar carne humana. Como têm desejos que se complementam, combinam encontrar-se num hotel. Ali, conhecem-se e combinam a hora e o sítio para proceder à consumação dos seus desejos. Vê-se a imagem de ambos, de costas, lado a lado, calmos, dirigindo-se para o interior de uma floresta, em direcção a um local isolado. As calças de ambos estão descaídas. Têm uns corpos tristes e as calças são tristes também.
É ao local isolado que o homem leva os polícias para recuperarem o corpo. Ele está como que aliviado. Os polícias, por sua vez, estão com o ar de quem pensava já ter ouvido tudo. Pergunta um deles ao canibal: "e comeu alguma coisa?". E ele, calmo, apesar de ter à espera uma pena de prisão perpétua: "não. Não consegui."







Black Humor



Os amiguinhos do YouTube… Coisa mais linda!
Por falar,  a CC tem um vídeo em que ensina a lavar os dentes! Só não vou ver agora, porque não tenho como tirar notas. A sério. Foi com ela que aprendi a lavar a cara. E se eu precisava! Agora vou de certeza aprender a lavar os dentes. Iupe.

Monday, August 05, 2019

Beer? -Yes, I'd like some.






Hoje bebi uma cerveja. Foi um acontecimento. Há quanto tempo não o fazia, entretida que tenho estado a não misturar a medicação com álcool. Se calhar, o meu mal tem sido justamente falta de álcool. Nada que eu não possa remediar. Amanhã compro mais. E das grandes. Aliás, talvez beba uma garrafinha de vinho … deixa cá ver... penso que é moscatel. Não sei bem. Numa garrafinha tão pequenina. Tão linda! Mais logo. É para o caminho, como dizem os bêbados!

O que a Francisca Conimbriga ia gostar de saber que a minha mãe me chamou doutora da mula ruça. E já não é a primeira vez. O meu doutoramento só serviu, aparentemente, para as pessoas me virarem as costas, me insultarem, me apoucarem e terem todo o tipo de comportamentos bizarros e discriminatórios. É para o lado que eu durmo melhor, claro. Mas chateia! Não há como negar. Entretanto, assim que eu arranjar forma de fazer outro doutoramento, sem ser na UBI, matriculo-me. Quem diz doutoramento diz curso, diz uma coisa qualquer, para eu sentir que faço alguma coisa na minha vida de que gosto e, se chatear alguém, melhor. Começo a habituar-me. E se eu perdesse o amor à propina altíssima e me inscrevesse em Direito?? Hein? Quando tiver a cabeça menos oca, vou pensar nisso.

Errata: escrevi «inscreve-se» em vez de inscrevesse! É com a cara vermelha que nem um pimento que digo: foi da cerveja!
PS: já corrigi.
Aviso: quaisquer erros que possam ser dados por mim em textos passados, presentes ou futuros, das duas uma, ou foi da cerveja ou de algum vírus informático. Eu sou completamente irresponsável (isto é, não responsável) no que toca a erros.