Saturday, December 31, 2022

Alívio: acabaram as festas!


Para desanuviar. Isto se não tirarem o vídeo. Foi o que me valeu...

Friday, December 30, 2022

Sem perdão!!!

 


Fernando Santos não podia deixar Ronaldo sentado. No banco. Fernando Santos contribuiu para destruir a carreira de Ronaldo. FS mostrou não ser um líder, mas apenas um chefe. Mais um. E seguiu-se uma onda de ódio de, na maioria, portugueses. Há desprezo. Há escárnio. Há gozo. Uma verdadeira orgia de desamor. Um apedrejamento feroz. Sanguinário. A expressão "passar de bestial a besta" não descreve minimamente o que se passou, ou melhor,  está a passar-se. 

Fico sempre extasiada perante estas mudanças. Diárias. Vindas de diferentes pessoas e nas mais variadas formas. Mas surpreende-me sempre. O que leva os outros a entregarem-se a estas manifestações de ódio? O que os leva a esquecerem tudo o que Ronaldo significou/significa para o futebol? 

Para além do mais, Fernando Santos foi particularmente cruel: escolheu o momento certo para dar o seu golpe. Quando é muito provável que Ronaldo não possa disputar um outro mundial. FS foi cobarde e prepotente. A prepotência é, aliás, um traço característico dos cobardes. 

Para mim, FS representa aquilo que de mais ignóbil existe no ser humano. Foi baixo. Rasteiro. Absolutamente SEM PERDÃO!!!

Ah! Subscrevo em absoluto aquilo que foi dito por César Mourão: preferia ver Portugal perder o jogo, do que ver Ronaldo no banco. Penso o mesmo. E compreendo muito bem o que César Mourão quis dizer. 


Natal 2022

 

Prepara-se a "festa". Depois limpa-se o que restou da "festa". E limpa-se e limpa-se. Cumpre-se o dever, com a sensação de que não passa do cumprimento do dever. 

E eu só quero descansar... 

https://www.redbubble.com/i/art-board-print/Zdzis%C5%82aw-Beksi%C5%84ski-by-For-Evere05/95525169.NVL2T 




Friday, December 09, 2022

Monday, December 05, 2022

Companhia!



O Nuno Markl é a minha companhia diária. E o René e o Blackadder e os outros, que diariamente oiço, ano após ano, para ter a noção de que há algo na minha vida que permanece.

Saturday, November 26, 2022

Círculos


Claro, escuro, desolado. Belo. 

Telefonema: ira. Desolação. Eu, desolação. Mas sem esta música de fundo. De fundo, o eco de telefonemas passados. O meu destinos é aturar e arrostar com esta gente que só me me leva para baixo, para o fundo? Se a pessoa não tem nada para dizer por que motivo telefona? Se a pessoa não lhe apetece ouvir, por que motivo atende? E porque sou sempre eu do outro lado da linha? Um dia destes desligo os telefones todos de vez. Não atendo ninguém!! Se sou uma empata, porque é que não me deixam em paz?  

Wednesday, November 16, 2022

Waiting for Godot


Desde as 14:00 aqui... e ainda nem comecei. Acabo às 22.  Talvez. 

https://www.theartistation.com/2015/07/zdzislaw-beksinski-collection-surreal-paintings/ 


Saturday, November 12, 2022

Robert Smith: I don't belong here any more...



Crueldade...

Eu continuo a gostar de ti, das tuas músicas. No matter what... I myself got old and pathetic as well.


https://aminoapps.com/c/m-lets-rock-m/page/item/robert-smith/z6qB_KBwTwIBJjZnLrZkBowraXXnPLrDrEa

https://www.facebook.com/176481845761539/posts/happy-bday-robert-smithhappy-61st-birthday-the-cure/2933315403411489/

I'm outside in the dark, wondering how I got so old



And I'm outside in the dark
Staring at the blood red moon
Remembering the hopes and dreams I had
And all I had to do 
And wondering what became of that boy  
And the world he called his own...
I'm outside in the dark
Wondering how I got so old 

It's all gone 
It's all gone
Nothing left of all I loved
It all feels wrong 
It's all gone 
It's all gone 
It's all gone
No hopes no dreams no world
No… I don't belong
No… I don't belong here any more

It's all gone
It's all gone
I will lose myself in time
It won't be long
It's all gone
It's all gone
It's all gone

Left alone with nothing
The end of every song
Left alone with nothing
The end of every song
Left alone with nothing
Nothing
Nothing
Nothing

https://www.youtube.com/watch?v=RXxiLwwmx4M

Sunday, November 06, 2022

Leitura para acordar, diz ele...

 


Muito se tem falado sobre os efeitos da pandemia na saúde mental dos portugueses. Confesso que não tenho muita paciência para esta ideia de que o ser humano por qualquer coisa se vai logo abaixo das canetas mentais. Claro que uma pandemia é um assunto muito sério, trouxe muito sofrimento, morte, desemprego, etc., etc. Claro que provoca ansiedade e alguma insegurança, mas o mundo sempre assim foi. É como se estivéssemos muito bem e, de repente, foi tudo por água abaixo. Não estávamos todos muito bem. Alguns estavam, e continuaram a estar. Mas para muitos a vida é um acumular de maus momentos. A felicidade é sempre muito breve. E, de repente, há uma outra doença que se pode tornar pandémica e tornou. Ao contrário da gripe das aves e da gripe dos porcos, se não estou em erro, que foram apenas endémicas. Foi mais um susto como, deixa-me lembrar, a SIDA e a doença das vacas loucas, que acabaram por ficar mais ou menos circunscritas a certos grupos de risco e não assumiram proporções equiparáveis a este último vírus. Mas poderia ter sido um terramoto, sei lá... Eu sou pessimista, bem sei, mas ainda assim, há que ter em conta que há sempre um qualquer fantasma no horizonte para nos assombrar. Logo, o ser humano já devia estar vacinado, ou melhor, calejado. A pandemia veio, houve necessidade de mudar hábitos e continuar a viver sob essa nova circunstância.

Pessoalmente, distanciamento social? Adoro: a d o r o. Ficar em casa? Adoro. Não ir a festas, não passar o Natal com a família? Adoro. Usar máscara? Adoro. Onde estavam as máscaras quando eu passando por certos ajuntamentos continha a respiração? Onde estava a máscara quando eu, nos anos 90 do século passado, tinha de me dirigir a uma repartição pública pagar contas disto e daquilo, ao fim da tarde, numa sala com ar condicionado a ferver e um cheiro nauseabundo de corpos transpirados e hálitos pouco frescos? E onde estava a máscara, quando eu dava aulas numa certa escola, cujos alunos na sua maioria não tinham descoberto as maravilhas da água e do sabão? Havia queixas de certos pais, que não queriam os filhos junto de fulano e sicrano, porque não aguentavam o fedor! Ou seja, descobri a máscara, esse acessório que me acompanhará para sempre em certas ocasiões, enquanto eu for viva. Claro, depois de morta, já não há necessidade. 

Mas há quem não acredite na pandemia. E encha a barriga de nomes aos covideiros: medricas, obedientes, gente sem capacidade crítica, que obedece à voz do dono, incapaz de ver que é tudo uma fraude para os senhores do mundo, através do medo, nos manipularem e nos espetarem com o "globalismo", a nova ordem mundial. (Um momento, para me rir.) Ah! Já me esquecia e o grande reset! Etc. Tudo isto, claro, em virtude de certas pessoas terem ficado perturbadas mentalmente devido ao trauma de lidarem com uma pandemia. É assim que eu interpreto. 

E depois existe este escritor que se gaba de eructar postas de pescada. Que desagradável! Escritor de romances espirituais e obras de - imaginem! - "desenvolvimento pessoal". E agora, para tentar despertar os covideiros assustados, publicou este livro que afirma ser imprescindível para libertar os medrosos, os que não são livres, os que não se amam, etc., etc., resumindo, para nos salvar do/da terrível, e cito,  « C.H.O.N.É.: Conversão de Humanos em Ovelhas de Nádegas Escancaradas". E esta, hein? Como dizia o Fernando Peça.

O livro já esteve no n.º 1 do Top e agora está no n.º 3, mas há quem tente boicotar!!!! Claro, há que silenciar as "verdades", o que incomoda, o que contraria a narrativa dos globalistas. Francamente, não se faz isto com uma obra de tão elevada craveira! 

Se alguém me oferecesse este livro no Natal, eu até o lia, por motivos de... bem... quer dizer... enfim... hum... ainda me há-de ocorrer alguma coisa... Agora pagar o livro??? É preferível gastar tudo em vinho.


https://www.facebook.com/gustavosantosescritor  

Sunday, October 30, 2022

Ao menos isto...


Só de ver a alegria do professor Marco António Villa, já fico feliz. 

Wednesday, October 19, 2022

Tragam-me o livro de reclamações!!!

 


Acordei arrelampada. Estava a tentar falar com o chefe da estação de caminho de ferro. Aliás, levei metade da noite a tentar contactar o chefe da estação. A outra metade foi passada a correr atrás da funcionária da estação, aos berros, dizendo-lhe: «Quero o livro de reclamações!» E ela, que não tinha o livro. E eu: «o livro, já! Quero o livro!» Já me faltava a voz. E à funcionária estava a faltar o ar, com medo. De mim! «Quero o livro de reclamações!!». Ela, com ar esgazeado, saiu então do cubículo, onde a minha bagagem jazia aberta e retida, posto que a funcionária não me autorizava a seguir viagem, sem eu arrumar todos os meus pertences devidamente. Teve, pois, a dita cuja, a lata de censurar a forma como emalei a minha trouxa. Saiu do cubículo, dizia eu, calada como um rato, porque já não aguentava a minha berraria: «o livro! Quero o livro! O livro de reclamações!» E, como ela saiu, eu saí também, da zona do cubículo, atrás dela, que, ao pressentir-me, desatou em grande correria por um caminho agreste. De noite, claro. É sempre de noite que as aventuras acontecem. Paisagem estranha. Caminhos estreitos. Vegetação cinzenta e com muitos espinhos. E a funcionária a correr à minha frente e eu, furibunda, atrás dela: «o livro! O livro de reclamações! O livro! O livro!» Nisto, a fulana caiu. E eu contente. Fui por cima dela – não confundir com em cima dela – e berrei-lhe diretamente no ouvido que não estava esborrachado no chão de arbustos cinzentos: «o livro! O livro!» Mas como a funcionária da estação de caminho-de-ferro parecia ter gostado da cama onde se estatelou, depois de um senhor tropeção num arbusto cinzento, visto que não dava mostra de se querer erguer do chão, vi que tinha de mudar de estratégia e de berro: «o chefe da estação! O chefe! Onde está o chefe da estação?» E dirigi-me para a estação. Luz amarelada. Bar. Resmas e resmas de prateleiras com rebuçados e bolos e revistas. Bancos onde ninguém estava sentado. Vazios. Uma gentinha miúda, quase invisível, a rodopiar expectante. E uma série de portas. Fechadas. A bilheteira. O caminho-de-ferro. As linhas de aço. Nenhum comboio. Numa porta estava escrito: chefe da estação. Fiquei em pulgas: «onde está o chefe? Senhor chefe! O chefe, se faz favor!» Abriu-se a porta, devido ao meu alarido, e começaram a sair dela vários chefes. Todos vestidos de amarelo. «Senhor chefe?» Que não. O chefe da estação estava no primeiro andar. Dirigi-me, então, para o primeiro andar, mas não havia escadas em parte nenhuma. Foi quando vi um ajuntamento à espera de ser ejectado para o primeiro andar, através de um conjunto de molas gigantes, onde tinha de se equilibrar. Mais estranho ainda: estavam todos de calção. Pesadelo. Isto não podia estar a acontecer. Eu não quero ser ejectada por uma mola para o primeiro andar. Mas não havia outra maneira. Nisto, vejo uma cara conhecida. Estava na bicha para o primeiro andar. Diz-me ela: «vamos vestir os calções.» E eu: «mas isto é aviltante, não estou depilada.» E foi quando reparei que as molas ejectoras não estavam fixas. Tínhamos que nos equilibrar sobre elas, fazer balanço e esperar cair num sítio mole. Mais: tínhamos também que, primeiro, montar as molas, que jaziam em destroços metálicos, depois de cada carrada de gente ter sido arremessada para o primeiro andar. E pensei: vou antes chagar a funcionária da estação, que ainda deve estar esparramada na paisagem. E logo me saiu um berro: «o livro!» E a cara conhecida: «qual? Onde?» E eu: «não ligues, vamos montar as molas.» E eis que se ouve um baque enorme, com ranger de ossos, ais, uis e um enorme som de oco, causado por aqueles que tiveram o azar de aterrar de cabeça, no primeiro andar. Pus-me logo em retirada, a andar de costas, para não suscitar questões à cara conhecida, que se afadigava a ajeitar as molas, mortinha por se fazer ejectar. Sempre de arrecuas, quando cheguei à porta do bar da estação, voltei-me, finalmente, para andar de frente, e acelerei o passo. Tudo vazio. Ou não. Vi uma sombra a esgueirar-se veloz, para a zona de embarque, com a pressa de quem quer fugir para a frente, sempre para a frente e deixar o passado para trás. Numa mesa, poisava uma chávena de café preto, cheia, com o fumo a pairar de forma ténue. «Anda vai, sombra dum raio!» Eu estava berrante, frenética, revoltada. Eu queria sangue: o da funcionária. Eu queria mais sangue: o do chefe da estação refastelado no primeiro andar. E mais ainda: o sangue da mola ejectora e trapalhona. Sangue! E saí da estação de comboios.

Lembrei-me então da minha mala. A minha querida malinha, com os meus haveres caoticamente colocados nela. «A minha mala…» Murmurei. «A mala...», tornei a murmurar. E corri, corri, com as mãos na cabeça, desvairada, na direção do cubículo. Em vão. Tudo era um deserto. Não havia rasto de estação, de cubículo, de mola, de cara conhecida, de sombra, de funcionária, de chávena de café preto, de primeiro andar. Nem da minha malinha. Nem dos meus haveres. Só restava eu na noite, na paisagem cinzenta.

 

imagem: https://www.gazette-drouot.com/en/article/beksinski-warhol-and-soulages/37070 

Saturday, October 08, 2022

Cápsula do Tempo: Maria Vieira Ama Putin - Extremamente Desagradável


Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=JuQW7RwvWd4 


"As redes sociais dão o direito de falar a uma legião de idiotas que antes só falavam em um bar depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a humanidade. Então, eram rapidamente silenciados, mas, agora, têm o mesmo direito de falar que um prêmio Nobel. É a invasão dos imbecis" - ao jornalLa Stampa.

https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/02/160220_frases_umberto_eco_rb 

PS: Os idiotas não são as humoristas. Faço este esclarecimento, porque os humoristas estão sob ataque constante. Num mundo cada vez mais idiota, estes levam-se muito a sério e não admitem que se faça humor com eles.

Tuesday, October 04, 2022

Realidade Líquida

 


Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança:
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança:
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem (se algum houve) as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto,
Que não se muda já como soía.

Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"

https://www.zbrushcentral.com/t/zdislav-beksinski-couple/206207

https://www.citador.pt/poemas/mudamse-os-tempos-mudamse-as-vontades-luis-vaz-de-camoes

Sunday, October 02, 2022

Deserto...

 

Serviços mínimos. O mínimo possível... Estou na fase minimalista. Pouco, muito pouco, nada...

https://wooarts.com/zdzislaw-beksinski-gallery/ 

Monday, September 19, 2022

Esperar silenciosamente

 


Eu estava a preparar aulas, à procura de textos e...

https://br.pinterest.com/pin/847169379887518589/?nic_v3=1a2JU1DAN

Monday, September 12, 2022

Prof. Doutor Vítor de Aguiar e Silva

 


Morreu um dos maiores especialistas de Teoria Literária em Portugal e não só. Um homem de Letras dos verdadeiros. Um sábio. Um erudito. Quando o encontrei em Coimbra, na defesa de tese de Doutoramento de Carlos Reis, achei-o assustador. Mas foram as obras dele, a par das dos grandes especialistas franceses em Paraliteratura, que me permitiram fazer a minha própria tese de Doutoramento. Saber que, ao contrário de Arnaldo Saraiva, ele via no termo Paraliteratura uma mais-valia relativamente à Literatura que não ocupa o centro da Literatura, deu-me respaldo para afirmar, também, esse termo como o mais apropriado. Aguiar e Silva acompanhou-me do liceu ao Doutoramento. Isto é, esteve ao meu lado nos momentos mais marcantes da minha vida. E eu agradece-lho por isso: obrigada, Sr. Professor! Descanse em paz.

https://www.msn.com/pt-pt/noticias/sociedade/professor-universit%C3%A1rio-v%C3%ADtor-aguiar-e-silva-morre-aos-82-anos/ar-AA11JbRi?ocid=msedgntp&cvid=76f08ab7e1a442afb1535862617f23b8 

Saturday, September 10, 2022

Thursday, September 08, 2022

Queen Elizabeth II


Única. Serena, num mundo caótico. Com sentido de humor. 
Insubstituível! 

Gone!

 


And just like that... 

Um exemplo de elegância, discrição, sobriedade. 

Rest In Peace, Your Majesty!

https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2022/09/rainha-da-inglaterra-e-colocada-sob-supervisao-medica.ghtml 

Saturday, September 03, 2022

Sábado à Noite


Começou o ano. O Sábado é o único dia de paz. De sossego. E a noite, principalmente. Ou melhor, a madrugada de Domingo. O único dia  - o Sábado - cujo tempo posso gerir sem o sobressalto das obrigações, da berraria, das caras que se vão tornando cada vez mais desconhecidas, das tarefas absurdas e desprovidas de sentido. O espaço é hostil. Os espaços e as pessoas, também. Cada qual desloca-se tentando exibir a maior indiferença possível pelos demais. É como se todos estivessem ali por obrigação e não reconhecessem nos outros um módico de humanidade que lhes mereça qualquer respeito. Por isso passam de cara fechada. Só os que têm algum poder ou dobram demasiado a coluna ou são "muito acessíveis e simpáticos" merecem alguma ou até demasiada atenção. Não me integro em nenhum daqueles grupos. À minha volta, há sempre essencialmente estátuas ou pessoas que me vão suportando ou, ainda, aqueles que condescendem. Tipo: coitada, não é ninguém, mas vamos fazer de conta que é. Da minha parte, com raríssimas excepções, tenho para a troca, apenas, desprezo. Um desprezo calado. Silencioso. Intenso. Espero o dia em que possa voltar as costas àquela engrenagem, com a atitude da personagem de um conto de Kafka, o polícia, que, quando inquirido por um homem aflito à procura de respostas, se virou muito de repente, "como aquelas pessoas que gostam de ficar sozinhas com o seu sorriso".

 

Thursday, August 25, 2022

Enquanto oiço o T. A.

 


E se eu comesse qualquer coisinha?

Agosto 2022

 


Finalmente, consegui o meu batom MAC Rubi Woo. E o meu perfume preferido, que voltou ao mercado. E o meu novo caderno de anotações, com capa de couro. 
Foi o que marcou as minhas férias. De resto, fiz pouco e dormi muito. Isto é, fiquei muito tempo deitada, no escuro, a ouvir coisas.



Ano Lectivo 2021-2022

 


Há coisas boas!

Friday, August 19, 2022

Menos um dia...

 


I know the feeling.

Tuesday, August 16, 2022

É um sonho?

 


Eu pensava que não havia nada mais lindo que Meteora... Antes de Meteora, eu pensava que só nos meus sonhos havia uma cidade numa montanha. Uma montanha que eu tentava subir uma e outra vez. Aliás, tenho de acabar de escrever esse conto, antes que me esqueça... Quem sabe passei os olhos por Meteora e por Castellfollit de la Roca e outros... como os conventos do Butão e, de noite, fui construindo a minha cidade no cimo da montanha, e as minhas aventuras nessa cidade. Aventuras? Uma espécie de aventuras... Eu à solta pela cidade, depois da fadiga e dos encantos da subida da montanha...

https://www.reddit.com/r/oddlyterrifying/comments/j19xs7/castellfollit_de_la_roca_girona_spain_not_a_place/ , em 15 de Agosto, 2022


Saturday, August 13, 2022

As Sombras


Recordações da noite.
 

Memórias do dia...

 



A lagartixa meiga, que não tem medo, a fazer a sua melhor pose. Linda!!


Monday, August 08, 2022

Termas

 Cheguei, depois de uma manha alucinante a arranjar a bagagem... canseira. Este teclado deixa a desejar. O resto tambem. Nao ha acentos. Paciencia. Comi gelado e agora nao se pode dizer que nao comesse mais alguma coisa. Mas nao me apetece nada. Ja agarrei um bicho qualquer com um lenco de papel e deito/o para a rua. Tambem nao ha tracinhos. Bonito. E c de cedilha. E a Internet movel MEO esta uma lastima. 

A Boçalidade...


« Se não usas a bandeira arco-íris és homofóbico; se celebras o dia do combate à homofobia estás a difundir a ideologia de género; se usas tranças "africanas" e és "branca" estás a fazer apropriação cultural; se não pedes desculpa pelo passado colonial és racista; se não usas pronomes neutros és transfóbico; se te identificas com outro género és uma ameaça à ordem de Deus; (...) se comes carne és um assassino; se não comes carne és um palerma

Se não usas a bandeira arco-íris és homofóbico; se celebras o dia do combate à homofobia estás a difundir a ideologia de género; se usas tranças "africanas" e és "branca" estás a fazer apropriação cultural; se não pedes desculpa pelo passado colonial és racista; se não usas pronomes neutros és transfóbico; se te identificas com outro género és uma ameaça à ordem de Deus; se achas que as alterações climáticas existem mesmo és um maluquinho do clima; se achas que essas alterações climáticas têm que ser estudadas e precisam de respostas razoáveis e equilibradas és um assassino da Terra-mãe; se não usas máscara e não desinfetas as mãos de 5 em 5 minutos és um egoísta irresponsável; se usas máscara e tomas todas as doses da vacina és um carneiro, um peão da nova ordem mundial; se achas que o excesso de escrúpulo sanitário é um atentado à Liberdade és um negacionista; se não tratas o teu cão como se fosse da família és um animal; se tratas o teu cão como se fosse da família és um animalista; se comes carne és um assassino; se não comes carne és um palerma.

O mundo livre debate-se, hoje em dia, com este tipo de problema: a divisão entre filia e fobia. Digo o mundo livre, porque o mundo não livre, aquele onde não havendo margem para estes entretenimentos auto-destruidores vai parecendo um El Dorado para muitos, não tem esse tipo de problema: pensas e fazes o que o ditador quer, ou não existes (uma outra versão do cogito).

Mas divago, falava no problema do mundo livre. Para que este problema se adense, o que também contribui é a língua (e a pena). E este, hoje, é o meu ponto: a língua - pelo menos a portuguesa - tem um problema concetual. Filosoficamente concetual. Um problema que as tribos radicais, de ambos os lados, têm usado para regar, como gasolina, a fogueira das guerras culturais.

Explico: se lhe perguntarem se gosta de Caldo de Turu, provavelmente, primeiro, perguntará o que é. Depois de lhe dizerem que se trata de um molusco de cabeça dura e corpo gelatinoso, e depois de insistirem para que responda se gosta ou se não gosta, provavelmente dirá que não gosta. Não tendo experimentado, não tem forma de saber se gosta. Não podendo afirmar que gosta, responderá que não gosta, para se referir a uma ausência de gosto.

Imagine agora que não gosta mesmo nada de caracóis. Uma vez experimentou, e a textura, o sabor e o aspeto desagradaram-lhe muito. À pergunta se gosta, responde convicto que não gosta. Mas desta feita para exprimir repúdio. Estes dois exemplos tratam de "não gostos" diferentes: um, passivo, tendencialmente neutro; outro, ativo, determinado e de repulsa.

Digo isto, porque onde existe uma escala contínua de gosto, que vai, digamos, do odeio (início da escala) ao amo (final da escala), deveria, na verdade, haver duas escalas: uma de "gosto", que fosse do não "gosto" (em que o gosto não existe) ao imenso "gosto" (em que o gosto é máximo); e outra de "não gosto", que fosse do não "não gosto" (ausência de recusa) ao imenso "não gosto" (as coisas que se odeiam, por exemplo).

Alguns dos leitores que não se perderam até aqui dirão que isto não faz sentido nenhum, e que uma escala contínua basta. Dizem isto porque partem de uma premissa equívoca: a de que as pessoas se posicionam, sobre todas as coisas, entre duas paixões arrebatadoras, entre o ódio e o amor, entre a absoluta fobia e a mais determinada filia.

Ora, esta dicotomia extremada, a ser verdadeira, tem desde logo um grande problema: obrigaria a que os moderados, os que se posicionam no meio da escala, acabassem empurrados para os extremos, forçados a tomar um partido radical sobre todas as coisas.

Mas o equívoco não se esgota aí: a generalidade das pessoas não tem posição sobre bastantes temas, e, na verdade, nem quer ter. E ainda menos quando se trata de temas tão etéreos ou distantes quanto as construções sociais de identidade ou as ancestrais culpas dos tetravós, quando não poucas vezes nem os avós conheceram.

O que, aliás, acontece, em contradição com este (fogo de) artifício, é que sobre a generalidade dos temas a generalidade das pessoas tem posições sensatas e não necessariamente lineares. Por exemplo: à pergunta se gostam de gin, muitos dirão que gostam muito se for com água tónica, mas que não gostam nada se for puro; à pergunta se são racistas, a maioria responderá que não, mas quase nenhum considerará que o Padrão dos Descobrimentos é um monumento ao racismo e que deve ser demolido; à pergunta se acha que os homossexuais devem ter menos direitos que os heterossexuais, a maioria responderá que não, mas muitos menos se sentirão impelidos a usar um saco com as cores do arco-íris, e acharão a coisa, até, um bocado pirosa.

O problema é que quer o nível polarizado em que boa parte das discussões públicas hoje se faz quer a escala contínua da fobia à filia (ou vice-versa) torna o debate impossível de se fazer, deixando apenas espaço para o combate. E esse é o terreno das tribos radicais: a redução da discussão ao preto e branco (salvo seja).

Sintetizo e simplifico: sobre as coisas da vida nem tudo se posiciona no domínio das paixões. A minha ausência de filia por algo não significa que lhe seja fóbico.

Combater os woke (e os radicais que do outro lado se lhe opõem), passe o trocadilho, exige que estejamos bastante acordados, designadamente no discurso. Antigamente perguntava-se se estaríamos dispostos a pôr a espada no lugar da pena, hoje a luta trava-se mais com a pena do que com a espada (reparem como o botão do Twitter é precisamente uma pena). Como o livro de Eclesiastes, de resto, sempre nos alertou: "Muitos caíram pelo fio da espada, porém mais foram os que caíram por causa da língua" (Ec 28,18).»

https://www.msn.com/pt-pt/noticias/ultimas/da-filia-%C3%A0-fobia-a-pena-que-as-tribos-radicais-est%C3%A3o-a-aproveitar-como-espada/ar-AA10qcwX?ocid=msedgntp&cvid=8e69d8cea2334bbab37e5a55c2f9827b 

Pena o texto acabar de forma abrupta. O tema merece mais discussão. No fundo, este extremar de posições corresponde a uma falta de Educação, com E grande, de finura de trato, de uma Grosseria, com G grande, de uma BOÇALIDADE, que se traduz num virar de costas, num corte radical com aqueles com os quais não nos identificamos. Não há a prerrogativa de manter uma relação mais distante, mais de conveniência, mais diplomática, mais de fachada, mais hipócrita, porque não dizê-lo, mas uma relação. Relação humana. Cordial. Não. A boçalidade gosta de virar as costas, de curtir ódios, raivas, gosta de fechar os olhos às suas insuficiências e ver carrascos em todo o lugar. 

Estes extremismos atávicos são a expressão de uma profunda IGNORÂNCIA a todos os níveis. Défice cognitivo e, pior, défice EMOCIONAL. 

Zdzisław Beksiński | Untitled (1970) | MutualArt 


Thursday, August 04, 2022

Água das Pedras

 


E, mais à frente..



Espera... o livro está escrito em Português norma brasileira?? Cômoda? Te amo? 

Vejam, é assim que os poetas ganham má fama. É suposto que só os poetas possam dizer algo tão  profundo como: «Casei-me com outro para que houvesse um ruído que te calasse em mim .» 

Só com muita água das pedras chegarei ao fim do livro. 


Prometo Falhar

 


Agora só falta ler!

Wednesday, August 03, 2022

Pedro Chagas Freitas

 



Grande rebuliço no mundo - quase inexistente - da Literatura. O rebuliço também não é grande.  É Médio. Nem isso, talvez. 
A Representação Permanente de Portugal na União Europeia para a iniciativa Leitores da Europa recomendou PCF e o seu romance A Raridade das Coisas Banais como leitura de verão para os europeus. Esta coisa das recomendações de leitura surgiu por sugestão da Croácia, aquando da pandemia e dos confinamentos, como forma de ajudar os europeus a aguentar o cárcere doméstico.  Grande iniciativa: terá feito maravilhas pelo bem-estar dos europeus. Not. Pois bem, este ano calhou ao Chagas Freitas, essa chaga, como alguns lhe chamam. Mas, lá está, vou comprar o livro e lê-lo do princípio ao fim. Tenho que ler para crer, posto que tenho lido apenas excertos, que de modo algum me impressionaram e fizeram ter vontade de comprar. Mas é desta vez, nestas férias, que me irei atirar ao Chagas Freitas, que pode não ser um belo escritor, mas é um escritor belo. Belíssimo, aliás. 
Uma nota sobre esta coisa de querer incentivar os portugueses e os europeus a ler: é patético! Em contexto escolar, o dito incentivo à leitura e as iniciativas - bem intencionadas, claro! - levadas a cabo para a promoção da leitura são de deixar uma pessoa enfastiada. E as sessões de "puzia", com pessoas ou que tropeçam em todas as sílabas ou com autênticos atletas de bem cavalgar toda a sílaba, que leem as coisas mais descabeladas - ele há muita coisa descabelada na poesia - com ritmos líricos e olho revirado?? A propósito, veja-se o que uma criatura diz sobre a Literatura e a Poesia:


Que cavalgadura! Parece-me... 




Saturday, July 30, 2022

Será??

 



Nãoooooooooooooooooooooooooo!!!!


Wednesday, July 27, 2022

O Reencontro



Quando menos se espera, encontra-se aquilo que há mais de dez anos julgávamos perdido para sempre. Tudo começou com a perda dos meus óculos dentro da minha minúscula casa. Os meus preciosos óculos com tecnologia azul para proteger das radiações do computador. Procurei-os por todo o lado. Incluindo o frigorífico. Concluí, porém, que os devia ter posto no saco do lixo. Dei-me um mês, acreditando que ainda seria possível encontrá-los quando menos esperasse. 

Há duas semanas, estando eu com a swiffer a limpar o chão do meu quarto, tive um palpite de que poderiam estar debaixo da cama. Tentei até meter a mão debaixo da dita cama, mas foi só o que coube, a mão, porque há muito pouco espaço, e o braço não cabe. Então, certa de que os conseguiria encontrar, enfiei a swiffer de um lado e empurrei com força para o outro lado, para sair tudo o que eu, devido à limpeza, em vez de limpar, levo da beira da cama para mais longe. Feito isto, espreito o que saiu das profundezas do referido móvel. E nisto, no meio de lápis - 3 -, pacotes de lenços - 4 ou 5 - canetas - 3 -e afiadeiras - 3!! - surge um semicírculo preto. Puxei e era um chinelo de seda, que comprei na década passada, para ir  a Vila Nova de Gaia a um Congresso. Feliz, por saber que os meus chinelos de seda não tinham ficado no Hotel, vou do outro lado da cama e repito a operação de empurrar, na ânsia de ver o par do chinelo. Espreito e, entre mais uns lápis e mais uma afiadeira (como não hei-de ter os lápis todos rombos???), vejo uma coisa com uns brilhantes rosa... Era um outro chinelo que tinha perdido sensivelmente na mesma altura! Os meus chinelos de enfiar o dedo com brilhantes!! E arremeti novamente nas profundezas da minha cama para recuperar os dois pares de chinelos que julgava para sempre perdidos. E eles vieram, empoeirados, mas em todo o seu esplendor. Quanto aos óculos, nada. Nada! Mas, como estava em maré de sorte, pensei que seria melhor averiguar o que se passava debaixo da minha outra cama. Esta, sendo alta, encheu-me de algum orgulho, posto que o chão rescendia brilhante por baixo dela. Mas poderia haver novidade junto à cabeceira, encostada à parede, que surge como barreira, junto à qual se pode depositar o que quer que a vassoura possa levar à frente. Repito a operação de resgate de detritos e eis que sai disparado um chinelo. O chinelo de enfiar o dedo que eu procurava desde o início do tórrido Verão. Feliz por mais este reencontro, ajoelhei-me e retiro o outro chinelo com a mão. Nada de óculos. Mas tinha, finalmente, junto a mim os meus três pares de chinelos! Estes últimos, como tinham acumulado pouco pó, posto que só estiveram desaparecidos durante o Outono e o Inverno, entraram logo ao serviço: calcei-os. E é nestes momentos que eu compreendo que a felicidade não existe, existem é pequenos momentos de felicidade. Nem mais! 

Imagem: Beksinski 

Thursday, July 07, 2022

The Remais of the day...

 



Dia, semana, mês para esquecer...

https://killscreen.com/previously/articles/now-this-is-a-videogame-worthy-of-beksinskis-haunting-paintings/



Sunday, June 26, 2022

Monday, June 20, 2022

Inglês Técnico!!!



Muito divertido! Estou desde as 20:45 a ver vídeos destes. Para não falar dos meses de pesquisas e livros sobre assuntos administrativos, de atendimento ao cliente, contabilidade e outros temas que eu detesto. De tes to! E andei eu, na Faculdade, a estudar Shakespeare e ... não me ocorre mais ninguém. Pudera, depois de uma estopada de notas de crédito, de débito e atendimento telefónico. E ainda não estudei facturas e .... a outra coisa... não me lembro agora o que é. AS guias? Quais guias? Quarta e quinta-feira vou dar formação sobre o assunto. Espero que aquela frase  seja mesmo verdadeira: «O segredo do bom professor é parecer que soube a vida inteira aquilo que acabou de aprender.» 
Bonito!

Saturday, June 11, 2022

A Música



Na morte de Paula Rego... RIP.

https://www.musorbis.com/paula-rego-e-a-musica/ 

https://www.facebook.com/photo/?fbid=570068797818338&set=a.244609543697600

Wednesday, June 01, 2022

Tiny Mega Pint of Port Wine!


A justiça possível. Graças à Internet. Ele não devia ter que pagar nada à senhora que o difamou e lhe tornou a vida num inferno. Dito isto, Johnny ganhou! Só quem não ouviu os áudios acredita que saiu uma única verdade da boca daquela senhora. Para que conste: sou completamente contra o discurso do ódio. 

 

Sunday, May 22, 2022

Saturday, May 07, 2022

Carrie - Stephen King


https://www.youtube.com/watch?v=I7XHygPKbYI 

«Aside from the horror value of this brilliant scene, there's a detail that always gets me. Right before Carrie tumbles down the stairs, she reaches out for her mother...even though her mother just stabbed her. That one quick shot epitomizes Carrie's entire existence...reaching out to someone/anyone and always being rejected.»

Verdade.

Filme brilhante, a partir de um livro mais brilhante ainda.
03:18 da manhã. Ainda acordada, a rever uma e outra vez tudo o que foi significativo e bom no passado. Hoje, alguém fazia um inquérito, no Youtube, a perguntar se preferíamos viajar para o futuro ou para o passado. A maioria queria ir para o passado. Eu também. E alguém disse que o passado é fascinante. É verdade. Não que queira reviver coisas do passado. Não. Nada. Não repetiria nada. Voltaria apenas a locais onde gostei de estar sozinha. Voltaria a ler os livros que me contaram histórias e me afastaram da minha própria história. E veria os filmes que tiveram o mesmo efeito. E as músicas também. Voltaria a tomar café e a fumar naquela mesa na sala escura rodeada de janelas. E ficaria a ver as luzes na escuridão e na distância. Era a esse passado que eu voltaria.

Sunday, May 01, 2022

2 de Maio - Madrugada


Amanhã, começa a minha odisseia para regressar a sábado. Até lá, como Ulisses, terei que enfrentar monstros, lutar, proteger-me de tudo o que é mau e boçal e feio. A minha caminhada de regresso a casa terá de tudo... um dia, quem sabe, não chegarei sequer ao meu destino. 

Sunday, April 17, 2022

Quando não há mais nada para viver...


Filme impressionante. História. Interpretação. Personagens. Actores. Tudo. Sem querer, mas sem querer mesmo, encontro uma obra de arte. 

Wednesday, April 13, 2022

Waiting...












In the air tonight

I can feel it coming in the air tonight, oh lord
And I've been waiting for this moment, for all my life, oh lord
Can you feel it coming in the air tonight, oh lord, oh lord
Well, if you told me you were drowning
I would not lend a hand
I've seen your face before my friend
But I don't know if you know who I am
Well, I was there and I saw what you did
I saw it with my own two eyes
So you can wipe off that grin, I know where you've been
It's all been a pack of lies
And I can feel it coming in the air tonight, oh lord
Well I've been waiting for this moment for all my life, oh lord
I can feel it coming in the air tonight, oh lord
Well I've been waiting for this moment for all my life, oh lord, oh lord
Well I remember, I remember don't worry
How could I ever forget
It's the first time, the last time we ever met
But I know the reason why you keep this silence up
No you don't fool me
The hurt doesn't show, but the pain still grows
It's no stranger to you and me
I can feel it coming in the air tonight, oh lord
Well I've been waiting for this moment for all my life, oh lord
I can feel it in the air tonight, oh lord, oh lord
Well I've been waiting for this moment for all my life, oh lord
I can feel it coming in the air tonight, oh lord
And I've been waiting for this moment for all my life, oh lord
I can feel it in the air tonight, oh lord, oh lord
Well I've been waiting for this moment for all my life, oh lord, oh lord
I can feel it in the air tonight, oh lord, oh lord
Well I've been waiting for this moment for all my life, oh lord, oh lord


Nostalgia


Era capaz de correr sete léguas... ou mais. Atravessar ventanias. Enfrentar furacões. Ir lado a lado, com o Intercidades, para ver quem chegava primeiro a Santa Apolónia. Estação. E, no percurso, dizer todas as palavras da família da palavra desprezo. Desde os étimos, usando todos os afixos: prefixos, sufixos, infixos, superfixos. Etc. E depois ficar leve. Ficar vazia. A mente limpa, varridos para sempre os fantasmas maus. Agora fantasmas, antes bem sólidos, bem presentes, insistentes, exigentes. Diabos no Paraíso. Os Conrad Moricand do livro de Henry Miller. 

Monday, March 28, 2022

Civilização Zero


Repugnante! 

E não falta gente que ache que Will Smith fez muito bem. Estava a proteger a mulher, a família! Vê-se e não se acredita. Mas devia acreditar-se. Este é o modus operandi de muito "boa" gente.

Saturday, March 19, 2022

Dia do Pai


... talvez não. Depois tinhas de morrer outra vez.

Friday, March 18, 2022

Passagem

 


Sexta-feira. Lentamente, vou deslizando para o sábado. Ainda falta um pouco. Mas já faltou mais. Sexta. A vida vai sendo vivida por quem pode. Alguém rege a orquestra. E logo quem!

Monday, March 14, 2022

Saturday, March 05, 2022

Sem comentários



Este "senhor" é um político. Um deputado! 

Friday, March 04, 2022

A Passagem dos Dias


 Entre o trabalho, para sobreviver, e a passagem dos dias ... Não se pode dizer que o mundo esteja monótono. Pandemia, negacionismo, pandemia, guerra, negacionismo, pandemia, fim da pandemia, mais pandemia, guerra e mais guerra e assim sucessivamente. Entretanto, os novos médias e seus comentadores de bancada tentando explicar aos incautos o que se está a passar, porque, segundo eles, os média tradicionais estão a transmitir só o que lhes apetece. Estão a manipular a opinião pública, naturalmente burra,  deixando que todos lhe comam as papas na cabeça. Já os impolutos explicadores dos novos média só dizem a verdade. Mais: querem tirar o povo asinino da treva da ignorância. Da influência da televisão e dos jornais que só transmitem lixo. Isto, enquanto eles próprios, do fundo do contentor, cuspinham e tiram algumas cascas de banana e espinhas de peixe do cocuruto, para poderem pregar a palavra da sapiência. E como na maioria são pessoas de direita ou de esquerda, ora malham no Putin, ora malham no presidente da Ucrânia, que nunca esquecem de referir que é um comediante, ora malham na Europa, que nada fez para entender o Putin, e que se prepara para encher a burra  - cofre - aquando da reconstrução do estrago. Peço perdão por ter dito "encher a burra", que é uma expressão assaz tosca, mas uma pessoa tem que descarregar nalgum sítio. Claro! 

Dizia no outro dia um tonto, todo empertigado, como se tivesse acabado de inventar a roda: Putin tem muitos mais países do lado dele do que os EUA pensam. E referiu um país, que deve ter encontrado depois de muito fuçar num mapa. Isto é, ele acredita que os EUA desconhecem coisas que ele sabe. Os EUA e o Ocidente têm a sua interpretação do mundo e agem, claro, tendo em vista o seu próprio interesse, mas assacar-lhes desconhecimento é de quem tem muito pouco por detrás da testa: o chamado bestunto oco. Quem diz bestunto, diz cabeça ou cachimónia. Eu hoje estou assim, completamente imparável no uso de vocábulos de baixa extracção. 

É que é difícil ouvir gente a ver as sanções como formas de acuar Putin. É difícil ouvir pessoas dizer que se Zelenskyy se importasse com o povo, cedia a Putin e aceitava as suas condições. É difícil ouvir "análises" que vão buscar o passado colonial de países europeus, como Portugal, Inglaterra, Espanha e França, salientando o seu desrespeito atávico pelos direitos humanos, para frisar que, com tal passado, não podem apontar o dedo a Putin. E é difícil ouvir dizer que a guerra é necessária, porque há muita gente que tem que morrer, porque o planeta não aguenta tanta população. Etc., etc. E que os europeus estão a defecar para os ucranianos... 

Eu sou de direita, sei lá, mas, tirando alguns grunhos, parece-me que parte da esquerda é absolutamente insuportável. E agora digo eu, com a mesma sapiência do outro que nem dormiu em busca de algo que possa ter escapado aos americanos: será que não vêem que a Russia não é a URSS?  Será que não vêem que Putin é tão comunista como eu? Bom, no nosso PCP, ainda há quem duvide de que a Coreia do Norte seja uma ditadura... Need I say more?

É triste, quando o melhor do dia é a ridícula profissãozinha. Ou melhor, o emprego. Carreira?? Bem, as camionetas também são da carreira... Só se for nesse sentido.




 

Sunday, February 27, 2022

Desolação


Pelas janelas enormes, da minha cozinha, só entra escuridão e silêncio. Passa um ou outro carro e fica uma tira de som que desaparece num instante. Estou há horas para me levantar desta cadeira e ir para a cama. Mas vou ficando, porque não me apetece café, mas quero café. Então, espero mais um bocadinho e estou perto de conseguir beber café. Está quase. O dia foi correndo com normalidade. Findo o dia, apesar de só querer estar na minha cama, de olhos fechados, com o computador ligado em cima da almofada, a ouvir... coisas, apesar disso, dizia, estou tomada de uma inércia paralisante.  É assim há muito tempo, mas agora, a juntar a tudo isto, há desolação. 
Não longe, as casas de muitos desapareceram. Ou estão vazias, porque se tornaram perigosas. Muitos abrigam-se em estações de metro, em grupo. Como será o dia? Tomam banho? Mudam de roupa? Comem? Bebem café, chá, qualquer coisa quente? 
As cidades estão vazias. Recolher obrigatório. Muitos estão em abrigos subterrâneos. A minha amiga está. Um abrigo que parece um poço. Estreito. Pequeno, para duas ou três pessoas. Pelas paredes, há prateleiras cheias de conservas. O de um amigo é maior. Estão lá os vizinhos. Tudo já com muita idade e problemas de saúde. Muito sem horizontes. Muito triste...Uns velhos, perto da morte, enterrados vivos para sobreviver... 
Na minha adolescência, li todos os romances de guerra - a segunda - publicados pelas Publicações Europa-América. A Oeste Nada de Novo de Erich Maria Remarque: inesquecível. E muitos outros. Sven Hassel, e o seu personagem inesquecível, Porta. Fiquei a saber que há filmes dos seus livros e conheci outros apreciadores deste escritor. A guerra, que eu pensava que era coisa passada para sempre entre os "países civilizados", "a velha Europa": ela aí está. Joseph Porta estará algures na Ucrânia. Todas essas personagens, aliás, de Remarque, Hassel, Leon Uris estarão na terra de ninguém, confraternizando, entre o desespero e a camaradagem...   

Thursday, February 24, 2022

Natália, Nazariy

 



24 de Fevereiro de 2022


Putin, o senhor da guerra. Hoje, representa para mim tudo aquilo que o ser humano tem de pior: o seu egoísmo, o total desprezo pelos outros, a prepotência. Guerra, porque aquele fantoche quis!! 
A guerra contra o Iraque, essa guerra abjeta, foi o meu despertar para o significado da palavra guerra. Antes, eu, como vivo nos livros, pensava que era tudo ficção. E eis que acontece o ataque ao Iraque. Mas o Iraque é longe, por isso, com o meu egoísmo abjeto - porque é disso que se trata, estando eu bem, comigo ninguém se incomode - deixei ficar tudo na distância. Passou... E agora isto. Aqui perto. Aqui ao lado... 
A lamentável incapacidade do ser humano resolver os assuntos através de palavras: palavras!! Negociação, acordos. Mas os ignóbeis - todos eles - não sabem falar, não sabem argumentar, não sabem chegar a consensos, ceder, trocar. Sei lá! O mundo está cheio de deficientes cognitivos. Todos os que amuam, os que chamam nomes, os que amarram o burro, viram as costas, lançam fogo sobre os outros são impotentes cognitivos, ignorantíssimos. Puxam pela violência, porque se encontram ainda num nível muito primário de evolução. 
Aos meus amigos ucranianos, um abraço muito grande, muito apertado. E o Nazar, 18 anos, acordado às 4 da manhã, para ir para a guerra...  

Tuesday, February 22, 2022

I'm an alien

 


https://designthesign.wordpress.com/2009/10/02/art-excellence-zdzislaw-beksinski/