Friday, March 21, 2025

A Noite dos Vendavais

                                                                                   

Saí às 22:00 horas. Chovia imenso e o vento era forte. Fazia barulho. Por vezes, parece que se ouviam trovões. Mas não. Era apenas o vento descontrolado a sacudir tudo à sua passagem.  Ainda pensei em chamar um táxi. Mas a noite, o vento e a chuva são as minhas coisas preferidas. Não ia perder a oportunidade de as ter juntas, de me juntar a elas. Não coloquei os óculos, com medo que me fugissem. O guarda-chuva, meu companheiro, apesar de ser sacudido com força, não se virou uma única vez. Não partiu, não dobrou. Molhei-me nos sítios em que o impermeável - mas pouco-, levantado pelo vento, deixou entrar a chuva. As minhas botas, no entanto, apesar das poças de água e dos rios de chuva estrada abaixo, não deixaram entrar a mais leve humidade. O meu braço esquerdo, que tive de usar para agarrar o guarda-chuva e o manter firme, para não molhar o cabelo, nem me entrar água pelo decote, também ficou encharcado até ao cotovelo. Isto, apesar de me apetecer andar à chuva sem qualquer proteção, a sentir a água e o vento na cara, no cabelo, no corpo todo. Mas já não posso. Era gripe na certa. Também não pude fotografar a noite... Que pena. Mas tirei fotografias logo que entrei no elevador, para ver os vestígios da noite. Não se vê nada, infelizmente, graças à excelência do meu guarda-chuva! Vestígios mesmo, só no impermeável, no cachecol, na camisola e nas calças: tudo molhado. 

Noite gloriosa!!!


2 comments:

julio césar said...

Vê-se que a chuva lhe fez bem. Ficou mais leve, mais fresca, mais jovem. A mim também me acontece isso. Quando apanho uma chuva, rejuvenesço.

Adélia Rocha said...

Oh, meu lindo! tu é sempe jobem!!