Prioridades: primeiro o cumprimento da tradição. Isto é, sem fogo de artifício não há festa. Não interessa se o país tem estado a arder, se alguns perderam quase tudo. Se os bombeiros estão exaustos e têm estado a trabalhar ininterruptamente. O governo proibiu exibições pirotécnicas a partir da meia-noite? Antecipa-se meia hora a exibição. Está dentro da lei. Muito cumpridores, estes portugueses. Pelos vistos, temos mais uma categoria de negacionistas. Os que se negam a prescindir da pirotecnia! Uma participante dos festejos diz que o fogo foi muito bonito. O de artifício, claro.
Estamos numa sociedade de ignorantes hedonistas. Ninguém se sacrifica por nada nem por ninguém. Cada um quer tudo aquilo a que tem direito. Prevenir calamidades? Não. Preferem remediá-las. Aliás, os fogos só acontecem na terra dos outros, só destroem os haveres dos outros. Não os nossos. Estando eu bem, comigo ninguém se incomode.
Ignorância e egoísmo!
Que vergonha, Marinhais! Tenham vergonha!!!
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