Monday, October 15, 2018

Furacão





A ver tango. Assim passei os dias da tempestade, que pôs todos a zelar pelo bem-estar dos seus "entes queridos".

Hoje, falava-se dos telefonemas inquietos. Ainda tive, eu também, de sossegar a inquietude da minha mãe. Pessoalmente, ninguém se preocupou com os danos que o furacão poderia causar-me. Felizmente, na Covilhã, a tempestade foi meiga: muito vento e muita chuva. Mas tudo muito breve.

Como pensei viajar a tempos felizes, através da música, acabei por encontrar novas viagens, que nunca tinha feito. Aliás, alguns destinos eram totalmente desconhecidos para mim. Santa Maria Del Buen Ayre, por exemplo. Passei aí muito tempo, hipnotizada, enquanto os que se amam usavam os telemóveis para ouvirem a voz dos seus e sossegarem, e enquanto a tempestade bramia, derrubava, destruía…

Foram os dias do furacão.


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