Sunday, June 07, 2020

Obsessões: cabelos e germes



Estava tão bem aqui, o meu cabelinho. A cor estava linda, mas o raio da cabeleireira não infrequentemente enganava-se na cor! Até que me cansei e tomei o assunto nas minhas próprias mão, embora pareça que toda a gente andou a tosquiar-se durante a quarentena. É que não há como a pessoa ser original! Em abono da verdade se diga que o meu cabelo tem andado a compor-se, até já cresceu um pouquinho, embora no sítio errado: where else? Lástima é que não ceda à força da gravidade, é que anda sempre em pé ou, pior, agarra-se-me à cabeça como se temesse despenhar-se no solo. E encaracola-se! Meu Deus, tenho de comprar uma peruca para os dias em que ele está temperamental. Pela manhã, é um desfile de horrores. Hoje acordei com um redemoinho traseiro - não confundir com no traseiro - e uma aba poderosa do lado esquerdo. Tive que recorrer à força dos braços para baixar tudo. Cabelos...
E agora os germes ou melhor perdigotos. Toda a minha vida fui acometida de grande náusea à ideia de que o "ar puro" mais não é que ar reciclado após ter saído dos pulmões de alguém. Não há ar puro! É fake. O ar é um concentrado imenso de perdigotos, germes e outras coisas. Há que tempos eu já usava álcool e outros líquidos para tentar purificar-me. Em certos sítios, ia abrindo o meu caminho a borrifos de álcool misturado com essência de baunilha para disfarçar. Borrifos esses que não raro me caiam nos olhos, o que nunca é bom. Daí que eu seja, talvez, a única pessoa no mundo a gostar de máscaras. Abençoadas: a nossa boca e narizinho - ou narizão - tapadinhos e aconchegados em panos e tecidinhos suaves. Tão vooommm! Penso que encontrei o amor do resto da minha vida. As mascarinhas cirúrgicas e sociais e outras, e também as luvinhas de propi qualquer coisa Aiiiiiiii.

2 comments:

julio césar said...

h ah ah ah ah, miminha, mim gosta de mascas tamem

Adélia Rocha said...

Samos doizzzzzz...ihihih, kido, lino