Thursday, June 27, 2019

A tempo!





Uma conversa de última hora e, de repente, fez-se luz. Livrei-me de uma relação tóxica. De uma - ou duas - pessoa negativa. Sempre a vitimizar-se. Sempre a atribuir a outros atitudes que ela tomava. Apanhou-me de surpresa a primeira vez que o verniz estalou. E a segunda vez. E a terceira. Felizmente, nunca deixei de agir, profissionalmente, como era suposto. E agora aí está a grosseria, a falta de chá, a falta de profissionalismo. Pobre tonta. Só lamento aquela vez em que fiz coro com ela… foi só um bocadinho, mas fiz. Mas já contei e já pedi desculpas a quem de direito. Eu peço desculpa, quando me porto mal. E gosto. E não digo que não disse aquilo que disse. Custe o que custar. Já ela…Felizmente, também, vi a tempo que a outra pobre criatura, que ela de imediato pôs de lado, porque era amiga da outra - vejam, só! Ah, afinal era/é amiga porque são família!!! -, não me tinha feito nada e acabei por me comportar civilizadamente. Agora compreendo: assim que alguém dava um passo naquela área, ela ficava alterada. Depois fui eu que dei um passo - de gigante - naquela área e a pobre burgessa deixou cair de vez o já escasso verniz que lhe sobrava.

Depois daquele encontro breve, daquela troca de palavras com alguém que não via há muito, senti alívio. Não gosto de amiguices. De parzinhos. De atrelados. De Dupont e Dupond. Gosto de amigos, mas só isso. As pessoas que se mantêm a meu lado são do tipo a quem nem é necessário desejar Feliz Natal. É dessas pessoas que eu gosto. Pessoas que não me exigem compromissos. Pessoas que só estão quando é suposto. Eu gosto de estar sozinha: estou habituada. É um belíssimo hábito.

Neste momento, que não sei até quando dura, sinto-me bem. É como se também eu estivesse com o vento a fustigar-me os cabelos. Adoro o vento… É liberdade.

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