Há pessoas que eu nunca deveria ver. Porém, dada a frequência com que tenho avistado e, pior, sido avistada pela morcega, fácil será concluir que a sujeita mudou de horário. É que eu raramente a via, para benefício glorioso da minha felicidade pessoal. Mas ultimamente é dia sim, dia não! Como toda a gente verga a espinha e diz coisas lindas em direção a ela, menos eu, que sou apenas cordial - o que muito me custa -, e que me atrevi até a não alinhar num projeto "tão lindo" que ela tinha para eu fazer - a lata !! - parece-me que anda com a tromba caída. Anda de beiça! Pois que ande, o grandessíssimo estafermo! Era o que mais me faltava.
Como é que eu posso explicar o que me custa encontrar certas pessoas. Por certas, leia-se quase todas as pessoas com quem me cruzo. O esforço sobre-humano que eu faço para esboçar um sorriso que não seja amarelo. O esforço que eu faço para fazer de conta que tenho tanto prazer em encontrar os prezados - isto é, desprezados - "colegas" e "amigos". E, como se não bastasse, na outra frente, tenho uma série ilimitada de apedeutas reincidentes e sem remissão. É malta que me maça de todas as formas e feitios. Porque é que esta gente, para além do mais, tem uma memória tão fraca? Quantas vezes é que tenho que lhes repetir a mesma coisa? Para não falar da vendedora de pescado... Não fez nada. Nadinha, mas espera que, por milagre, as coisas aconteçam. Ora, não acontecem, se a morcega não mexer uma palha. Se tivesse tanta genica nos neurónios - caso existam naquele bestunto - e nas mãozinhas, como tem na língua quando lhe dá para o dislate, era ela uma sobredotada. Assim, é uma infradotada. E sê-lo-á sempre!
Para além de tudo, as outras coisas desagradáveis. Hoje, para além da transportadora caracol não me ter entregado as coisas, fui visitada por uma criatura, que me queria dar um desconto na conta de eletricidade. E, perante a minha confusão, porque eu só lhe abri a porta, porque pensava que era o caracol artrítico para me entregar a encomenda, e portanto estava a olhar em todas as direções - inclusive na direção do tecto - para ver onde estava o pacote, perante a minha confusão, dizia eu, ela afadigava-se a pedir-me uma factura da luz. E eu, "uma factura"? Sim, uma factura. Uma qualquer, para eu ver a sua situação. La despachei a senhora. E depois aquele email e o outro...
Que maçada tão grande... que dia!
Imagem: https://www.google.pt/search?q=beksinski+art&sca_esv, consultado em 30 de junho, 2024
2 comments:
ahahahaha
ihihih
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