Xxxx querid@
vamos por partes: 1.º (…) ! Olha, espero que não chegues a fazer as figuras que eu faço, por causa da visualização - e leitura - intensiva de coisas sobre crime. Hoje mesmo, por exemplo, aconteceu-me: chego a casa, de noite, e vejo que a fechadura está estranha. Ora, já me vandalizaram, há tempos, a fechadura. Tive que mandar vir um técnico - de uns 80 e tal anos! - para me mudar a dita cuja. Então, como dizia, quando dou pela fechadura numa posição esquisita, parei, olhei em volta e pensei: será que está alguém em minha casa? Tirei logo uma caneta, como arma de defesa. Depois abri a porta. Depois mantive-a aberta, acendi as três luzes da entrada e olhei pelos vidros das portas. Depois fechei à chave, de forma rápida, as portas do escritório e da entrada para a zona dos quartos. Depois fechei a porta da entrada. Depois vasculhei a cozinha e a lavandaria. Depois abri a porta do escritório e vi tudo. Depois a entrada para a zona de dormir: fui com as costas contra à parede. Depois vi a casa de banho. Depois o meu quarto. Finalmente a minha rouparia, que é maior e exigiu particular atenção, com abertura de armários e perscrutação sob a cama que lá se encontra. Relatório de buscas: tudo em ordem; nenhum meliante penetrou no meu condomínio. (oooooohhhhhhhhhh! que monotonia!). E pronto. Foi assim. Isto para não falar da altura em que vi tudo o que havia de arrepiante sobre casas assombradas ! Que é outro tema que adoro. Mas já vi tanto, que agora já nada me faz disparar o coração, nem andar com a sensação de que oiço barulhos. E olha que a luz do tecto do meu quarto acendeu-se e apagou-se sozinha, mais do que uma vez (que bom!). A minha vida seria tão (mais) monótona se não existissem estes fantasmas e estas pessoas suspeitas pela minha casa…
Portanto, comporte-se, não faça as figuras que eu faço, qual D. Quixote a combater serial killers imaginários com uma caneta.
etc. etc.
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