No jornal Público, vai uma grande polémica acerca de um artigo sobre uma mulher que reage a um "piropo": Olá, Princesa!
A maioria dos homens acha que o pobre homem que levou nas orelhas, e bem, devido ao dislate, foi injustiçado. Que um homem já não pode "elogiar" a beleza de uma jovem, que um homem não pode isto, não pode aquilo, que a rapariga devia tratar-se porque tem traumas, que as mulheres agora odeiam os homens, que se o fulano galanteador viesse num Porsche e tivesse um Rolex - arghhhh - , já podia dizer o que bem lhe aprouvesse, e que as mulheres bem que gostam de se embonecar e perfumar diante do espelho, mas depois não querem que um homem, tadinho, olhe, etc., etc.. Ou seja, muitos homens continuam a achar que as mulheres são montras ambulantes, para cujas mercadorias suas excelências olham, para proferirem o que lhes vier à real - força de expressão - cabeça.
O engraçado é que muitos dos homens que estão do lado da mulher que se queixa do olá princesa, o fazem recorrendo àquilo que para eles são mulheres: a mãe, a filha, a irmã e a esposa. "Gostavam que galassem as vossas mães, filhas, irmãs, esposas??? "
Eu entendo a perspectiva deles e aprecio-a, mas fica a sensação de que mulheres são aquelas pessoas com aqueles graus de parentesco. O resto é gado. Já as poucas mulheres que comentam o dito artigo, que já vai com umas 18000 partilhas, estão do lado da galanteada, digamos, e malham forte, e bem, no lombo do galanteador - de meia tigela. Nunca as mãos lhes doam. Uma acaba por citar George Bernard Shaw:
'Never wrestle with pigs. You both get dirty and the pig
likes it."
Tradução minha: Nunca se engalfinhem com porcos. Ficam ambos sujos e o porco gosta.
Que engraçado era Bernard Shaw: verdade?
(Imagem algures na Internet. Perdi o link.)
No comments:
Post a Comment