Thursday, July 04, 2019
Dias esmifrantes, noites palpitantes - parte dois
Que dia! O idiota-mor preparava-se para me moer. Enganou-se. O pobre tonto esqueceu-se que já me tinha feito aquela pergunta e eu já lhe tinha respondido. Lá ficou a remorder até que adormeceu. Segundo o colega, até estava a ressonar. E bem. Mal mesmo é quando acorda. Sempre a ver segundos sentidos, a levantar suspeitas e calúnias a toda a gente. A mim foi queixar-se à minha colega que eu era maluca e que queria fa
zer queixa de mim. Apanhou um berro e retornou à base, de mansinho. Caí depois na asneira de o ouvir e de o tentar aconselhar, juntamente com os companheirinhos de route, mas o pobre não entende. O que não me surpreende. A falta de compreensão e de competências de leitura é, pelos vistos, epidémica. Nada que eu já não soubesse. Felizmente o outro teve de ausentar-se, o que propiciou que conseguíssemos o
uvir os nossos pensamentos. Lá foi feito tudo às três pancadas: o costume, em várias latitudes. E depois a cereja no topo do bolo.
What a cheek! Tanta falta de tudo, como miolo. No fundo é isso mesmo: falta de miolo, de bestunto. Figuras tristes! Arranjar soluções estapafúrdias para problemas …. hummmmm…. como dizer? Não há como dizer. É uma tal chafurda que não tem ponta por onde se lhe pegue. Fazer de mim uma ajudante, personagem secundária? Tomar decisões que me cabem a mim tomar? That would be the day. Tenho excesso de habilitações. Sorry!
Que façam as figuras que quiserem, mas não contem comigo para abandalhar, ou melhor, avacalhar aquilo que já está mais que avacalhado.
Eu quando não posso com eles, porque estamos na pura irracionalidade - não é à toa a tática do silêncio…_ , mantenho-me afastada e com a mão no nariz.
E estou calma. Claro que os bons dos comprimidinhos ajudam, mas estou calma. E há música a metro aqui ao lado. Pela primeira vez apreciei a chinfrineira insana, noite dentro. Funciona como um espanta-espantalhos. E vi gatinhos.
Agora a Doutora vai deitar-se e conversar com os amiguinhos do YouTube.
Imagem de Beksinski, para me trazer de volta às paisagens que me fazem bem.
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