...and tell sad stories about the death of kings.
Sem tempo, sem vontade, mas com muito tédio e com a sensação de que tudo é uma grande mentira e eu, embora não alegremente, faço parte dela... o que é muito triste... e também com uma grande falta de paciência para certa gente ...sei lá...transcrevo um poema que faz parte de uma grande antologia de poemas, aliás «a maior antologia jamais feita em Portugal», poema cujo título é, muito apropriadamente, "Vamos Morrer". (Bora lá! Bute!).
Vamos Morrer
vamos morrer, mas somos sensatos,
e à noite, debaixo da cama,
deixamos simétricos e exactos,
o medo e os sapatos.
Pronto. Acabou mais um dia cinzento, vi uma série de burgessos e fui vista por eles também como burgessa, certamete! Certamente, mas erradamente. Eu sou talvez a única pessoa do grande e largo mundo a quem a palavra burgesso não se aplica. É a minha opinião. Agora vou para a cama, onde rebolarei insone, verei pela quinquelhésima vez um qualquer filme em DVD, pelas quatro, cinco horas, estarei acordada, altura em que verei novamente esse filme e dormitarei mais um bocadinho. Depois chegará a insuportável manhã, ou seja, a luz, o dia e eu ajudarei a erguer mais um muro de coisas pouco sólidas. Antes, porém, como a noite está instalada e eu estou gratamente sozinha, não deixarei de colocar simétricos e exactos, sob a cama, o medo e os sapatos!!
Tuesday, February 09, 2010
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment