Tuesday, April 14, 2020
O Regresso
Se me tivessem batido, não estaria mais derreada. Mal consigo levantar a cabeça. Vim escrever, porque, apesar de tudo, quero deixar um registo.
É um regresso à verdadeira pandemia…
Um dia, uma colega falava das formas de silenciar os não alinhados. É uma querida colega, mas que por vezes acho que exagera. Porque eu, no fundo, não incomodo, não faço militância, não me interesso verdadeiramente pelas coisas para me deixar perturbar em demasia. Mas não vale tudo. Não. Definitivamente. Penso agora nas palavras da colega e, se as escrevesse, colocaria em frente a todas um visto: confere.
Ainda vou pensar no que vou fazer. Mas dúvidas acerca do que se passa, das estratégias, não tenho. É sempre possível que as pessoas sejam simplesmente estúpidas. Que não pensem naquilo que fazem. Mas, pessoalmente, acredito que tudo fazem seguindo as regras aplicadas às situações concretas. O que não quer dizer que não sejam estúpidas também. Não há coincidências. E mesmo que houvesse, eu, que interpreto o comportamento das pessoas como se fossem personagens num romance, não hesitaria em caracterizá-las como calculistas, manipuladoras e, sobretudo, fraudulentas. São, igualmente, frias, subservientes entre elas - lambebotistas e botadelambidas -, completamente desprovidas de escrúpulos. E de memória. Querem sobreviver a todo o custo, atropelem nesse processo quem tiverem de atropelar. Não lhes importa. Vale tudo, para percorrerem o caminho até à meta da forma menos penosa para elas. É o salve-se quem puder. No fundo, estão tão desesperadas como todas as outras pessoas, mas têm o poderzinho… É a única diferença-
O … por invalidez… Essa não perdoo!
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment