Thursday, November 29, 2018
Nevoeiro
Hoje, regressei sozinha a casa. Já tinha curiosidade de saber como seria enfrentar a noite desde aquela última vez…
Não aconteceu nada. A noite voltou a estar como sempre e voltei a gostar dela. Estava tudo calmo, silencioso e enevoado. Tudo passa. Isto… também vai passar!
Saturday, November 17, 2018
Sou quase um gato...gata
2- 99% da população aborrece-me de morte - Verdade!!
3 - Odeio aquilo que os outros acham divertido - Confere.
4 - A minha felicidade não se limita à quilo que é caro - Verdade, mas… não desgosto de coisas caras. Nada mesmo. Essa é que é essa. O dinheiro no meu bolso é que não abunda: hélas!
5- Gosto de afecto nos meus termos - Verdade, sem beijocadas e outras maçadas afins!
6- Sou vítima de mudanças bruscas de humor - Errado! Respeito os outros. Tento esconder muito daquilo que sinto para não ferir ninguém. Por isso, também, me mantenho o mais isolada possível, longe de todos, para não resvalar para a expressão da minha impaciência, do meu mal-estar, do meu desprezo, até. E não me sinto bem comigo quando sou bruta. Mais: sou-o em legítima defesa. Apenas. Aliás, detesto cataventos. Gente que vive só para ela, para o seu umbigo. Agora quero. Agora não. Gente imatura, que não sabe lidar com a frustração. Gente que não sabe o que quer. Gente para a qual só o seu bem-estar conta. Gente que não faz compromissos. Gente incapaz de se sacrificar, se daí não resultar um qualquer benefício. Gente tóxica! Gente que faz mal aos outros. Gente que não é feliz e dificilmente consegue fazer feliz os outros...
Por isso, sou apenas, quase, uma gata.
Sábado - 20:50
Passei a semana a empurrar os dias. E eles foram passando comigo a fazer força nas suas arestas. Hoje, pelo contrário, tentei fazer tudo para atrasar o tempo: olhei muito para o relógio, para intimidar e envergonhar os ponteiros na sua marcha. Deitei-me no sábado, de modo a fazer peso e a atrasar a passagem do dia. Mas já são 20:53. Até às 11:00 de amanhã, será, para mim, sábado ainda. Depois, começa logo a 2ª feira… dia(s) mau(s)…
Tuesday, November 13, 2018
Dormir bem
(…) I feel personally attacked 😂😂😂 this is an actual image of me.
(…) This is so me! I go to sleep every night watching true crime shows
A parte boa da Internet. Encontramos pessoas como nós, lá longe...
https://www.facebook.com/stolethispage/photos/a.327937670613947/2312618572145837/?type=3&theater, consultado em 13 Novembro, 2018
Thursday, November 01, 2018
A Ponte de Whistler
Há uma narrativa curta que sempre
me fascinou. Nem sei bem porquê. Faz parte de um conjunto de histórias “exemplares”,
que me fazem lembrar as Histórias do Sr.
Keuner de Brecht - Geschichten vom
Herrn Keuner, Berthold Brecht.
«Em 1850, o pintor americano
James McNeill Whistler passou uma temporada breve, e academicamente infeliz, na
academia militar de West Point. As crónicas dizem que, quando ele foi
contratado para projetar uma ponte, desenhou uma ponte de pedra romântica,
sobre a qual colocou duas crianças a pescar. Para além disso, desenhou as
margens do rio de forma idílica,
cobertas de relva.
"Tire essas crianças da
ponte!", disse o instrutor. "Isto é um exercício de engenharia!"
Whistler removeu, então, as crianças da ponte, e desenhou-as a pescar numa das
margens do rio. Perante o novo exercício, o instrutor berrou furiosamente,
"Eu disse-lhe para remover essas crianças! Elimine-as completamente!»
Mas a criatividade de Whistler
era muito forte. Assim, quando refez o desenho, eliminou completamente as
crianças. Agora, numa das margens do rio, podiam ver-se dois pequenos túmulos.»
Tradução livre, de minha autoria, do texto seguinte:
«Hacia 1850, el pintor
norteamericano James McNeill Whistler pasó una breve -y académicamente
desafortunada- temporada en la Academia Militar de West Point. Cuentan las
crónicas que, cuando le encargaron diseñar un puente, dibujó un romántico
puente de piedra, sobre el que había dos niños pescando, flanqueado por
idílicas orillas cubiertas de hierba. «¡Quite a esos niños del puente!», le
dijo el instructor. «¡Esto es un ejercicio de ingeniería!» Whistler quitó a los
niños del puente, los dibujó pescando desde una de las orillas del río y
entregó de nuevo su ejercicio. El instructor bramó enfurecido: «¡Le he dicho
que quite a esos niños! ¡Suprímalos totalmente!» Pero el instinto creativo de
Whistler era demasiado fuerte. Cuando rehizo el dibujo, había «eliminado
completamente» a los niños, efectivamente; ahora los había enterrado bajo dos
pequeñas tumbas en la orilla del río.»
Mello, Anthony de, La oracíon de la rana, em file:///C:/Users/draad/Desktop/La-Oracion-de-La-Rana.pdf
Imagem: http://thebluelantern.blogspot.com/2015/08/the-book-on-whistler-sadakichi-hartmann.html, consultado em 31 de Outubro, 2018
Helena Ramos
Elegância. Classe. Num mundo de barulho, sente-se mais a falta de quem manteve sempre a discrição.
Não sabia que gostava tanto de Helena Ramos…
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