Sunday, December 31, 2023
2024: soulmates!
Thursday, December 28, 2023
Friday, December 22, 2023
Liberdade de Expressão
Wednesday, December 20, 2023
Tempo de paz...
... e amor.
Wednesday, December 13, 2023
Monday, November 13, 2023
R.I.P.
Sunday, November 05, 2023
A casa ...
(... a tal, com que sonhei uma vez e continuo a procurar...)
Tuesday, October 17, 2023
Outubro, 2023
Wednesday, September 27, 2023
Burocratas
Os burocratas são gente que não se recomenda. É gente que privilegia a forma e não liga para o conteúdo. Desde que esteja tudo em grelhas, em tabelas, em gráficos e devidamente exarado em actas, relatórios e outras narrativas afins, tudo coisas que se possam mostrar a quem é pago para inspeccionar toda esta inesgotável papelada, não há nada a dizer. É gente que sempre adormeceu a ler as últimas do Diário da República e acorda para voltar a fuçar no referido Diário. Aliás, suponho que é gente que desgosta desta nova versão digital do já mencionado hebdomadário, posto que gostava de encavalitar o dito na mesinha de cabeceira, a cobrir-se de pó. Mas estamos nesta admirável era da Internet, fonte inesgotável de plataformas e outros sítios plenos de conteúdos vários de leitura obrigatória, pelo que, dado o manancial de dores de cabeça que vem da inefável rede, o burocrata, que é imune a cefaleias, tem muito para se locupletar.
Não se pense que todos os burocratas são iguais. Há os ciberburocratas, sempre à cata de novidades na net, para embasbacarem a restante cristandade. São uma casta sublime. Assim que encontram uma forma diferente, de preferência mais morosa e mais atreita a erro, para fazer aquilo que já se fazia com uma certa calma, ficam eufóricos. Há que reunir, para informar e formar os restantes para as agruras da novidade, o que lhe dá direito, também, a pôr a descoberta no relatório anual de autoavaliação. É um dois em um. Dois? Três ou quatro. Hoje em dia, o que importa é complicar! Depois há o burocrata assustado, aquele que o é por necessidade, já que toda a gente que é gente o é também. Este burocrata anda sempre com um ar compungido e uma arritmia latente, posto que pensa que se esqueceu, certamente, de qualquer papel. Pior: daquele papel que era absolutamente indispensável. Daí a arritmia. Há depois o burocrata absolutista simples e o burocrata absolutista complicado. O primeiro tem características de todos os outros, mas muito mais satisfação. Quem lhe tira a oportunidade de fazer um PowerPoint ou de inserir dados numa plataforma, tira-lhe tudo. E os workshops? Tão úteis! E as formações? E as folhas de Excel? Maravilha!
Quanto ao Burocrata absolutista complicado, é que a asna torce a parte traseira. Desde logo, almeja tornar-se no sumo burocrata. Aliás, há quem já tenha sido sumo e tenha regressado à base com bilhete só de ida, passando a vida a tentar encontrar o bilhete de volta. Mas não volta, porque a cristandade, escarmentada, tudo faz para o manter apeado. Torna-se então na pior espécie de burocrata: o ressabiado! Que faz o ressabiado? Protesta por tudo e por nada. Nada está bem e, se estiver, podia estar ainda melhor, se tivesse sido feito sob o seu olhar orientador. Ele é que sabe! Ele é que conhece a legislação. A ele ninguém lhe faz do alto da cabeça mesa de restaurante. É o tipo de pessoa que quer ficar na História e se não fica pelos seus feitos, fica pelas suas desfeitas. É que ele está sempre a desfazer no trabalho dos outros. É um pespego. Um fazedor de grandes tempestades em pequenos e médios copos de água.
Consta, eu não sei de nada, pois não sou pessoa que coscuvilha, que um dia destes um daqueles burocratas saiu em grande estilo, deixando atrás de si o caos: aliás, a época de reuniões já teve início. Imagino a satisfação que ele sentiu. Imagino-o a dizer para os seus botões, únicos interlocutores atentos dos seus dislates, sabido que é que os botões não têm ouvidos (e ainda bem!): «Anda que vão ver como elas lhes mordem. Agora que eu já me safei - e bem - eles que façam as coisas como deve ser, para ver se aprendem. Ainda se hão-de lembrar de mim!»
Olhe que não. Ninguém se vai lembrar de si. Muito menos ter saudades dos seus rompantes de sabichão. Quem ainda tinha algum respeito por si, perdeu-o. Quem o achava, apesar de tudo, pertinente, acha-o agora impertinente. Leia-se: sem pertinência, fútil, só porque sim.
Fico por aqui, para não falar dos "queixinhas", categoria ainda mais nociva, especialmente quando se junta o burocrata ao queixinhas. A queixa, essa instituição com barbas, em Portugal.
Imagem: https://www.deviantart.com/eolmedillo/art/The-Dark-Art-Of-Zdsislaw-Beksinski-Part-12-952605657, consultado em 27 de setembro, 2023
Sunday, September 24, 2023
Linguagem Inclusiva do Elu...
Sobre a linguagem inclusiva escreverei um dia destes. Mas a frase de Dostoiévski resume o fenómeno na perfeição.
Monday, September 11, 2023
O Regresso...
Tuesday, August 15, 2023
Normalizar o "vulto"
As novas mulheres
Horrível Mundo Novo...
Tuesday, August 01, 2023
O Reino do Pineal
Eu fui ler as últimas no canal do jornalista pela verdade, que defende com unhas e dentes o Reino. Ele fez uma reportagem e só viu maravilhas. Que as pessoas não estejam registadas, estejam em Portugal, mas é como se não estivessem, não lhe interessa. Também o inefável guru e escritor que não obedece, mas todos os dias tem dizeres - pavorosos!! - que gostaria que fossem obedecidos, acha o referido Reino um paraíso. Mais: o Estado - aliás S.I.S.T.E.M.A. - só não gosta daquela gente porque ela é autossuficiente e ao Estado, claro, não interessa gente que pensa pela própria cabeça. E deviam ver a cara (de parvo) com que o guru escritor profere estas pérolas de sapiência. Bem, dizia eu, fui ver as últimas notícias e não fiquei desiludida. Os comentários dos seguidores do jornalista pela verdade são o divertimento de que eu necessitava neste dia em que fiquei até às 5 da tarde à espera dos CTT: lesmas!!! Todos são a favor do Reino e do rei. Mas apareceram uns dissidentes a estragar a narrativa. A chamar a atenção que não se pode estar assim num país estrangeiro AKA república das bananas, sem estar identificado e obedecendo às leis do país. Etc., etc. Entretanto, alguém traz a questão de que no Reino acreditam que a terra é plana e que o homem não foi à lua. A discussão aquece, escusado será dizer. Alguém, de imediato, escreve um arrazoado defendendo que sim, que é plana. E pergunta: porque é que se diz planeta? Não se diz boleta. Não se diz esfereta. Não se diz redondeta. E porque será, continua, que NASA ao contrário quer dizer engano em hebraico, se não estou em erro. E continua falando da guerra entre aspas na Ucrânia, porque também é uma invenção, como invenção foi a covid. Esta exposição colheu muitos likes e corações dos seus apoiantes. E é quando um indivíduo, já farto de tanta teoria esdrúxula, deixa esta verdade que eu subscrevo na íntegra:
Wednesday, July 26, 2023
Gone...
Thursday, June 29, 2023
Hellooooooo
Thursday, May 25, 2023
Milan Kundera
O livro do Riso e do Esquecimento.
Não há motivos para riso. Só esquecimento. Dia estranho: A, B, C, D, etc. Personagens sinistras. Nem sempre consigo evitá-las. E depois as palavras, as frases ditas: tudo o que queremos não lembrar. Esquecer. E depois a realidade imediata. Estou aqui sentada, sem ânimo para me levantar, mas quero deitar-me com urgência. Quero ir para a minha cama. Embrulhar-me nas mantas, aconchegar-me nas almofadas, ligar alguém que me conte histórias directamente da Internet. Preciso de confortar-me, de que me confortem. Preciso de atravessar a noite muito devagar. O dia de amanhã será certamente eterno...
https://steemit.com/art/@dr-frankenstein/the-wierd-and-dark-art-of-zdzislaw-beksinski
Thursday, May 18, 2023
Friday, May 05, 2023
Certainly ME!
Wednesday, April 12, 2023
Thursday, April 06, 2023
AI Chat GPT
Saturday, March 18, 2023
A alegria dos outros
Friday, February 10, 2023
Ganhar o dia
Ontem, saí derrotada do trabalho. Acontece muito perguntar-me: «o que é que estou a fazer no meio destes apedeutas empedernidos?» Pior: é aquele tipo de ignorância longamente cultivada e apaparicada, não vá ela ressentir-se e desertar aquelas cabeças ocas. As coisas que se ouvem no recinto da acção, digamos, para disfarçar. E que se vêem fazer. Agora, há um que, quando menos se espera, descalça os sapatos e as meias, para que eu lhe aprecie os calos nas solas dos pés!! Bem eu lhe posso implorar: «ó menino, mantenha-se calçado!» Em vão. Ele quer mostrar os pés, e mostra. É a chamada escola centrada nos interesses dos alunos, muito do gosto da pedagogia eduquesa, que está completamente desfasada em relação ao verdadeiro interesse dos alunos. Os colegas também o instam a que tenha maneiras, mas ele logo se apresta a descansar os presentes, dissertando sobre maus odores corporais, que é coisa que o seu corpo desconhece por completo, posto que é inodoro.
Esta figura, quando se trata de actividades avaliativas, é acometida de doenças várias. A última foi uma conjuntivite fulminante. Mal lhe pus a folha à frente, ficou mal de um olho. Pediu para ir aos serviços de enfermagem, de onde veio munido de gotas. Ainda olhou na minha direção, para sondar se eu estaria interessada em medicá-lo, mas viu logo pelo meu semblante de poucos amigos, que tinha de procurar outra pessoa. Nisto, um colega, depois de rabujar, suspendeu a actividade avaliativa para lhe pôr as gotas. Muito dado às artes dramáticas, o bicho fez tal espalhafato, que parecia que lhe estavam a extrair os dentes sem anestesia. Posto isto, retirou-se para lavar os olhos, mas voltou à base para buscar algo para se limpar. Olhei para o percurso que ele estava a fazer, e vi dois rolos de papel higiénico perfilados sobre o armário, onde se guarda toda a papelada e dossiês. Enfim, todo o entulho típico desta extraordinária era digital. Lavado e limpo, informou-me que estava incapacitado para fazer a sua obrigação de aprendente, pois mal conseguia ver. Eu acenei com a cabeça e ele sentou-se, fechando os olhos.
Mas o que é que me fez ganhar o dia hoje? Quando me desloquei de uma sala para a outra, um aprendente diz-me: «Ah, já aí vem. Foi o que lhe valeu, porque eu já me preparava para a ir buscar, à outra sala, por uma orelha.» Acenei com a cabeça.
Acenar com o bestunto é, aliás, uma das minhas últimas técnicas em termos de boas práticas pedagógicas.
Friday, February 03, 2023
Wednesday, January 25, 2023
Monday, January 23, 2023
What !?
Sunday, January 08, 2023
8 de Janeiro 2023
Parabéns, minha querida Doutora Adélia Rocha: I love you!