Monday, September 19, 2022

Esperar silenciosamente

 


Eu estava a preparar aulas, à procura de textos e...

https://br.pinterest.com/pin/847169379887518589/?nic_v3=1a2JU1DAN

Monday, September 12, 2022

Prof. Doutor Vítor de Aguiar e Silva

 


Morreu um dos maiores especialistas de Teoria Literária em Portugal e não só. Um homem de Letras dos verdadeiros. Um sábio. Um erudito. Quando o encontrei em Coimbra, na defesa de tese de Doutoramento de Carlos Reis, achei-o assustador. Mas foram as obras dele, a par das dos grandes especialistas franceses em Paraliteratura, que me permitiram fazer a minha própria tese de Doutoramento. Saber que, ao contrário de Arnaldo Saraiva, ele via no termo Paraliteratura uma mais-valia relativamente à Literatura que não ocupa o centro da Literatura, deu-me respaldo para afirmar, também, esse termo como o mais apropriado. Aguiar e Silva acompanhou-me do liceu ao Doutoramento. Isto é, esteve ao meu lado nos momentos mais marcantes da minha vida. E eu agradece-lho por isso: obrigada, Sr. Professor! Descanse em paz.

https://www.msn.com/pt-pt/noticias/sociedade/professor-universit%C3%A1rio-v%C3%ADtor-aguiar-e-silva-morre-aos-82-anos/ar-AA11JbRi?ocid=msedgntp&cvid=76f08ab7e1a442afb1535862617f23b8 

Saturday, September 10, 2022

Thursday, September 08, 2022

Queen Elizabeth II


Única. Serena, num mundo caótico. Com sentido de humor. 
Insubstituível! 

Gone!

 


And just like that... 

Um exemplo de elegância, discrição, sobriedade. 

Rest In Peace, Your Majesty!

https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2022/09/rainha-da-inglaterra-e-colocada-sob-supervisao-medica.ghtml 

Saturday, September 03, 2022

Sábado à Noite


Começou o ano. O Sábado é o único dia de paz. De sossego. E a noite, principalmente. Ou melhor, a madrugada de Domingo. O único dia  - o Sábado - cujo tempo posso gerir sem o sobressalto das obrigações, da berraria, das caras que se vão tornando cada vez mais desconhecidas, das tarefas absurdas e desprovidas de sentido. O espaço é hostil. Os espaços e as pessoas, também. Cada qual desloca-se tentando exibir a maior indiferença possível pelos demais. É como se todos estivessem ali por obrigação e não reconhecessem nos outros um módico de humanidade que lhes mereça qualquer respeito. Por isso passam de cara fechada. Só os que têm algum poder ou dobram demasiado a coluna ou são "muito acessíveis e simpáticos" merecem alguma ou até demasiada atenção. Não me integro em nenhum daqueles grupos. À minha volta, há sempre essencialmente estátuas ou pessoas que me vão suportando ou, ainda, aqueles que condescendem. Tipo: coitada, não é ninguém, mas vamos fazer de conta que é. Da minha parte, com raríssimas excepções, tenho para a troca, apenas, desprezo. Um desprezo calado. Silencioso. Intenso. Espero o dia em que possa voltar as costas àquela engrenagem, com a atitude da personagem de um conto de Kafka, o polícia, que, quando inquirido por um homem aflito à procura de respostas, se virou muito de repente, "como aquelas pessoas que gostam de ficar sozinhas com o seu sorriso".