Wednesday, January 08, 2020

8 de Janeiro, 2020





Mais um dia 8 de Janeiro. O único dia de celebração para mim. Não pedi para nascer. Não pediria nunca! Não há no dia 7 de abril nada de memorável. Nem fiz nada para que tantos outros dias sejam de paragem e comemoração obrigatória.

Este é  o único dia que eu conscientemente preparei para atingir um objectivo. E alcancei-o. Foram quase 10 anos de estudo que valeram a pena segundo a segundo. E valeram as consequências: o afastamento de todos os que me desdenharam e falam nas minhas costas chamando-me burra. Toda essa gente não vale nada perante o meu «conseguimento».

Interessante, alguma dessa gente achava-me muito sólida nos meus conhecimentos. Mas depois mudou de ideias. A querida Francisca C sugeriu até que eu emburreci. Não foi a única, aliás.

Eu, que até aprecio Nietzsche, sinto-me muito bem sozinha, acima das massas acéfalas e politicamente correctas e igualitárias. Fiquem bem!

Fosse eu aquela personagem de HG Wells, que se viu aprisionada na terra dos cegos, e também teria preferido fazer-me às montanhas gélidas ao encontro da morte, para poder viver até ao fim a minha individualidade. A minha singularidade. Os bem pensantes abominam os títulos académicos? É porque não os têm. Não é o meu caso. Tenho, logo uso.



A Doutora.



Ah, e agora chegou a noite gentil!