Morreu o padre espanhol que ajudava os doentes com o vírus
ébola. Morreu uma freira também. O homicida que matou o "português
suave" que viajou para Inglaterra à procura de trabalho - figura
comovente, como disse o juiz - foi condenado! Morreu o casal polaco, nas
arribas de Sintra, perante o olhar dos filhos... E morreu Robin Williams, o
actor excelentíssimo, aos 63 anos de idade.
Nesta voragem da
morte, no entanto, e no meu pesar e desejo que todos descansem em paz, não
consigo deixar de sentir uma tristeza particular pela figura do português,
frágil, em Inglaterra. A chegada ao aeroporto, sem que alguém o esperasse, como
prometera. O deambular por sítios onde não podia estar. O ser encaminhado para
um abrigo, no qual, por sobrelotação, não pode passar a noite. Depois, os
minutos de solidão, que a câmara filmou, enquanto decidia para onde ir, na
noite fria de Londres. Depois, os bares?, o álcool e, finalmente, o encontro
com aquele que o mataria sem piedade, porque sim, porque podia. Acrescenta o
tribunal, que, à laia de troféu, o filmou e fotografou, em agonia. Fim de
história, para o português em Londres.
No comments:
Post a Comment